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Governo do Peru critica operação na casa de presidente em investigação por corrupção

Casa da chefe de Estado está localizada no bairro de Surquillo,a poucos quilômetros do Palácio do Governo. (Foto: Reprodução)

O governo do Peru criticou nesse sábado (30) a operação realizada na casa da presidente Dina Boluarte, como parte de investigações sobre suposto enriquecimento ilícito e falha em declarar relógios de luxo, chamando a ação de “desproporcional e inconstitucional”.

“É grave o ruído político que está sendo feito, que afeta os investimentos e todo o país”, escreveu o primeiro-ministro peruano, Gustavo Adrianzen, no X. “O que aconteceu nas últimas horas são ações desproporcionais e inconstitucionais”, adicionou.

Imagens mostraram a polícia arrombando a porta da casa de Boluarte na noite de sexta-feira (29), supostamente depois que os pedidos das autoridades para que abrissem e permitissem que procurassem provas não foram respondidos.

A estação de rádio RPP afirmou que Boluarte não estava no local no momento da operação. Ela não fez comentários sobre a operação. A casa da chefe de Estado está localizada no bairro de Surquillo, no distrito de Lima, a poucos quilômetros do Palácio do Governo, onde ela trabalha.

Adrianzen ressaltou que a presidente estava em sua residência dentro do palácio do governo, e que dará declarações à promotoria quando convocada. Ele também disse ao RPP que “não há chance alguma” de que os ministros ou Boluarte renunciem.

Há duas semanas, promotores deram início a inquéritos preliminares após uma reportagem do programa La-Encerrona afirmar que a presidente possuía vários relógios Rolex. O inquérito pretende apurar se há motivos para uma investigação formal contra a líder peruana. Boluarte admitiu ter os relógios, que comprou como “fruto do trabalho” desde muito jovem.

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