Governo e oposição iniciam a semana que antecede as manifestações de rua previstas para o próximo domingo (13) em todo País pintados para a guerra. Após uma semana de desgaste, com denúncias que colocaram a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no centro do escândalo de corrupção da Petrobras, o governo terá dias difíceis também no Congresso.
O clima é de confronto. A oposição promete obstruir a pauta até que a comissão do impeachment seja instalada, além de reforçar os ataques ao Planalto, na tentativa de angariar mais adesão ao protesto do dia 13. Marina Silva, fundadora da Rede, reapareceu em Brasília e atacou a postura do PT, seu ex-partido, de “fazer apologia ao confronto para se defender de acusações”. Disse que o povo brasileiro merece ser reparado por erros do governo.
“É triste, obviamente, ver um partido, que no passado suscitou tantas esperanças na defesa da ética e no combate à corrupção, agora tendo que fazer apologia do conflito, do confronto, para se defender de acusações”, afirmou Marina.
Na expectativa de um encontro de Dilma com Lula para se discutir uma agenda que tire o governo das cordas em uma semana em que o ministro do Supremo Teori Zavascki deve homologar a delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), a ordem entre os líderes da base também é partir para cima e rebater acusações. Os parlamentares governistas devem acentuar a pressão para que Dilma se aproxime da pauta do PT, principalmente na agenda econômica que flexibilize o aperto fiscal, desamarre gastos em investimentos e aumente a oferta de crédito. (AG)