As consequências de uma briga entre detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, fez com que o governo federal anunciasse, através de uma nota, que enviará ao Amazonas integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária. O conflito deixou 15 presos mortos. As vítimas foram assassinadas asfixiadas ou perfuradas com escovas de dentes.
Além disso, nesta segunda (27), outro presídio de Manaus registrou mortos. O caso foi no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). Sobre esse caso, o governo ainda não se manifestou.
Sobre as mortes no Compaj, no último domingo (26), o secretário de Administração Penitenciária, coronel Marcos Vinicius Almeida, afirmou que “não foi rebelião”. “É uma briga de internos. Nunca havia acontecido mortes durante visitas. Alguns morreram dentro da cela com as grades trancadas. Eles cometeram os crimes também em frente aos familiares”, disse ele.
De acordo com o Ministério da Justiça, a força-tarefa enviada atuará no Compaj.
Confira a nota na íntegra:
O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviará uma Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para atuar no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, conforme solicitação do governo do Estado do Amazonas. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) aguarda a formalização do pedido mas já está tomando as providências para o deslocamento da equipe.
A FTIP, foi criada em janeiro de 2017. Na atual gestão, o Depen passou a coordenar, exclusivamente, a força-tarefa em apoio aos governos estaduais em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas.
Formada por agentes federais de execução penal dos 26 estados da federação e do Distrito Federal, a FTIP obedece o planejamento definido pelos entes envolvidos na operação, sempre que houver necessidade de sua atuação.
A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) é responsável pela segurança da área externa do Complexo Penitenciário Anísio Jobim desde 09 de janeiro de 2017. A FNSP continuará atuando no local.