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Governo Federal atende parte das reivindicações para manter empregos no RS

Prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo entregou a Lula uma pauta que soma ajuda de R$ 12,3 bilhões para a capital gaúcha. (Foto: Divulgação/Cesar Lopes/PMPA)

Na entrevista coletiva ao lado do presidente Lula ontem em Arroio do Meio, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou que o governo federal vai pagar duas parcelas de um salário mínimo (R$ 1.412) para trabalhadores do Rio Grande do Sul, com a contrapartida da garantia do emprego por quatro meses pelas empresas. A medida atende parcialmente a um pedido do setor produtivo gaúcho. A proposta será apresentada ao Congresso Nacional em uma medida provisória (MP).

Ainda falta a flexibilização das regras trabalhistas

A maior parte das pautas do setor produtivo gaúcho, porém, ainda não foi atendida pelo Governo Federal. Uma delas é a flexibilização de regras trabalhistas no estado, aos moldes do que ocorreu na pandemia, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Eduardo Leite sugere que programa alcance maior número de empresas

O governador Eduardo Leite evitou comentar a medida, afirmando que, “a partir das informações sobre como o programa será operacionalizado, teremos condições de avaliar se ele será suficiente para assegurar os empregos, mas saudamos o anúncio feito hoje pelo presidente”.

Leite sugere a ampliação do programa de manutenção de empregos:
“Entendemos que seria importante expandir o auxílio para atender também outras empresas, mesmo que não tenham sido diretamente alagadas, mas que tiveram suas atividades afetadas indiretamente, como no caso do Turismo, por exemplo.”

Gestão caótica da Trensurb

A caótica gestão da Trensurb, que cogita retomar a operação dos trens de Novo Hamburgo até Porto Alegre apenas no final do ano, ou até em 2025, ficou demonstrada ontem no centro da capital. Enquanto o prefeito Sebastião Melo produziu um esforço com apoio de concessionários do Mercado Público para recuperar as condições do local, bem próximo dali, os túneis de acesso ao Trensurb na avenida Júlio de Castilhos permanecem tomados por lixo e ratos.

Governo Federal corta verbas do Auxílio Gás e Farmácia Popular

O governo Lula cortou R$ 5,7 bilhões em despesas não obrigatórias no Orçamento neste ano, atingindo órgãos como Receita Federal, Polícia Federal e Exército, do programa Farmácia Popular, ensino integral e Auxílio Gás e obras em rodovias federais, entre outras. Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), do governo federal, e do Siga Brasil, mantido pelo Senado.

Melo pede R$ 12,3 bilhões para recuperar Porto Alegre

O prefeito de Porto Alegre foi objetivo no pedido entregue ontem ao presidente Lula, durante o breve encontro que tiveram em Cruzeiro do Sul. O documento solicita um aporte federal de R$ 12,3 bilhões à capital gaúcha para a recuperação do desastre climático. Os recursos são divididos em R$ 5,5 bilhões para investimentos em habitação, que são de responsabilidade da União, e outros R$ 6,8 bilhões para a reconstrução da infraestrutura danificada, melhoria no sistema de proteção contra enchentes e a recomposição do que a Capital perderá com a queda na arrecadação de impostos.

Movimento Nova Política emite nota de apoio à gestão de Melo

O Movimento Nova Política, que em 2020 foi o responsável pela articulação do então candidato Sebastião Melo com lideranças políticas e empresariais de centro-direita, voltou a reunir-se ontem com vereadores e líderes de diversos partidos para avaliar a gestão do prefeito de Porto Alegre, até aqui, na condução das medidas de enfrentamento da maior enchente dos últimos 100 anos. O presidente do movimento, advogado Fabio Correa resumiu a nota emitida após o encontro, dizendo que “reconhecemos o trabalho árduo e o compromisso do prefeito Sebastião Melo em minimizar os impactos desta tragédia, demonstrando empatia, responsabilidade e eficiência na gestão da crise”.

Traições e presença de adversários em cargos de confiança, a denúncia dos vereadores

Durante o encontro do movimento Nova Política, os vereadores Cassiá Carpes (Cidadania), Nádia Gerhardt (PL) e Pablo Melo (MDB) manifestaram preocupação com a falta de compromisso e lealdade de outros vereadores da base do governo na Câmara de Porto Alegre no momento em que a gestão precisa da unidade. Denunciaram casos pontuais de espaços do governo preenchidos por notórios adversários, “até mesmo CCs vinculados ao PCdoB”, e vereadores que fazem com desenvoltura, discurso de oposição a Melo, mas que contraditoriamente indicaram diversos cargos importantes na administração do município, “até mesmo cargos de secretário-adjunto”.

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