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Governo federal cria grupo para acompanhar ações ambientais em terra Yanomami

Os voos clandestinos na Terra Indígena Yanomami caíram 90% em cinco meses de combate ao garimpo ilegal na região. (Foto: Ibama)

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para acompanhar as ações ambientais em terras Yanomamis. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (3), no Diário Oficial da União (DOU), e passa a valer a partir desta sexta (7). As medidas ambientais estão previstas no plano de ação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami

Chamado de GT Yanomami, o grupo atuará por um ano e será composto por doze membros divididos em número igual de membros e suplentes do serviço público federal, com representação de órgãos ambientais, de comunidades tradicionais e desenvolvimento rural.

As reuniões dos GT Yanomami serão quinzenalmente com quórum mínimo de três membros, que poderão participar de forma presencial, no Distrito Federal ou por videoconferência. A secretaria-executiva do Ministério conduzirá os trabalhos e fornecerá apoio técnico e administrativo para os encontros.

Segundo a Polícia Federal, as ações implantadas neste ano fizeram com que o número de alertas de garimpo ilegal em Território Yanomami tenha diminuído drasticamente, na comparação com os anos anteriores. O monitoramento da região teve início em agosto de 2020. Os voos clandestinos na Terra Indígena Yanomami caíram 90% em cinco meses de combate ao garimpo ilegal na região.

Conforme balanço divulgado pelas Forças Armadas em Boa Vista (RR), a Operação Ágata Fronteira Norte apreendeu R$ 30,9 milhões em objetos, entre os quais 42 toneladas de cassiterita, óxido natural do qual se extrai minério de estanho.

Entretanto, uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz apontou a presença de mercúrio em indígenas e em peixes presentes nos rios do território indígena.

 

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