A União deixou de gastar R$ 10,2 milhões com a compra centralizada de softwares para o serviço público, divulgou o Ministério da Economia. A licitação para a compra de assinaturas de softwares de escritórios – editor de texto, de tabelas, de apresentações, de anotações e de banco de dados – abrangeu 128 órgãos federais em 26 Estados.
Ao todo, o governo gastou R$ 42 milhões. Entre os órgãos que aderiram ao modelo, estão hospitais, agências reguladoras, IFEs (Institutos Federais de Educação) e diversas unidades das Forças Armadas.
Segundo a Secretaria de Gestão do Ministério da Economia, a maior parte da economia – R$ 5,5 milhões – corresponde à redução de custos processuais. Ao realizar apenas uma licitação em vez de 128, o governo deixou de gastar R$ 44 mil em cada pregão eletrônico.
A economia restante, de R$ 4,7 milhões, diz respeito ao desconto obtido no preço final. Por meio da economia de escala, o governo consegue um preço mais baixo ao comprar em maior volume.
No mês passado, o governo estreou o modelo de compras centralizadas de softwares, com um pregão eletrônico unificado para a aquisição de uso de softwares de virtualização de servidores, com direito de atualização e suporte por 55 órgãos. Na ocasião, o Ministério da Economia reduziu o gasto em R$ 8,5 milhões.
Os softwares de virtualização de servidores criar versões virtuais de máquinas por meio da computação em nuvem. Segundo o Ministério da Economia, esses sistemas dispensam máquinas físicas, ao criarem sistemas que podem ser compartilhados por vários órgãos.
Serviços digitalizados
O número de serviços públicos transformados em digitais superou a marca de mil desde janeiro de 2019, segundo dados de outubro do Ministério da Economia. A pasta adiantou a meta, originalmente prevista para ser alcançada apenas no fim deste ano.
O portal gov.br oferece 3.901 serviços públicos, dos quais 2.412 (61,8%) são totalmente digitalizados. A página oferece 610 serviços (15,6%) parcialmente digitalizados, com etapas executadas pela internet, mas que ainda exigem algum procedimento presencial, como entrega de documentos. Por fim, existem 879 serviços não digitais (22,5%), que só podem ser iniciados no site, mas exigem a presença física nas demais fases.
Até 15 de outubro, havia 81,2 milhões de brasileiros usuários do portal gov.br, com login e senha próprios. Segundo a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o portal atualmente gera economia de cerca de R$ 2 bilhões por ano, sendo R$ 1,5 bilhão para a população, que deixa de se deslocar, e de R$ 500 milhões para o governo.
Até o fim de 2022, o governo pretende digitalizar 100% dos serviços federais, que passarão a ser totalmente feitos pelo portal gov.br. O cronograma está definido na Estratégia de Governo Digital, que pretende economizar R$ 38 bilhões em cinco anos (de 2020 a 2025), com a eliminação do consumo de papel e a redução da burocracia e da locação de estrutura. Segundo o governo, a maior parte dos servidores que atualmente fazem atendimento presencial pode ser remanejada para outras funções, como análise de documentos.