Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2025
Ministros se reuniram no Palácio do Planalto para discutir estratégias para tornar os produtos alimentícios mais baratos
Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilEstá descartada a proposta de mudança nas regras do sistema de prazo de validade para tentar reduzir o preço dos alimentos nas prateleiras dos supermercados no Brasil. A afirmação veio do próprio ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, após a reunião.
O chefe do Desenvolvimento Agrário participou da reunião junto com o ministro Carlos Fávaro (Agricultura) e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Melo. O encontro foi convocado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e foi realizado no Palácio do Planalto para discutir soluções para baratear o preço dos alimentos no país.
Após a reunião, Paulo Teixeira afirmou que eles devem voltar a se reunir na sexta-feira (24) para definir as estratégias e apresentá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro não antecipou o que foi decidido e disse que o anúncio será realizado pelo chefe do Executivo.
Questionado sobre a possibilidade de mudar a validade dos alimentos, Paulo Teixeira foi categórico: “Não. Isso aí não está em cogitação “, enfatizou.
A possibilidade de mudar a validade dos alimentos já havia sido descartada pelo ministro Rui Costa. A proposta da validade foi apresentada pela a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) que sugere a modernização do sistema de prazos de validade, o chamado “Best Before”.
A estratégia indica o período mínimo que um alimento mantém seu sabor e valor nutricional. Com o “Best Before”, seria indicado ao consumidor nos rótulos dos alimentos a data preferencial de consumo, com a tarja “consumir preferencialmente até”.
Os preços dos alimentos foram colocados na pauta da reunião ministerial da última segunda-feira (20). Na ocasião, Lula falou “reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador” e pediu para que os ministérios apresentassem sugestões de como baratear os produtos.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação do País, encerrou 2024 em 4,83%, com impacto maior no grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses.