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Governo federal detalha bloqueio de R$ 13,3 bilhões no Orçamento; Ministérios da Saúde e das Cidades são os mais afetados

O Ministério da Educação foi o terceiro mais afetado, com um bloqueio de R$ 1,374 bilhão. (Foto: EBC)

Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais afetados pelo bloqueio de R$ 13,3 bilhões no Orçamento federal, seguidos pelos Ministérios da Educação e dos Transportes. O detalhamento do congelamento por órgão foi publicado pelo governo em edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira (30).

De acordo com o documento, o Ministério da Saúde foi o mais atingido, com um bloqueio de R$ 4,5 bilhões de gastos, enquanto a pasta das Cidades teve um bloqueio de R$ 1,764 bilhão.

O Ministério da Educação foi o terceiro mais afetado, com um bloqueio de R$ 1,374 bilhão. Já o dos Transportes sofreu um bloqueio de R$ 985,6 milhões – no decreto publicado em julho, a pasta era a terceira mais afetada pelo congelamento, quando sofreu uma contenção de R$ 1,5 bilhão.

Os órgãos têm até o dia 7 deste mês para indicar as programações e ações a serem bloqueadas. O congelamento detalhado na noite de segunda-feira, feito em razão da elevação das despesas obrigatórias no Orçamento, foi menor do que o realizado em julho, quando houve uma contenção de R$ 15 bilhões. Isso porque a parcela de R$ 3,8 bilhões que estava contingenciada desde o último relatório bimestral, pela frustração de receitas, foi revertida. O bloqueio, no entanto, que era de R$ 11,2 bilhões em julho, subiu R$ 2,1 bilhões para que seja cumprido o limite de gastos de 2024.

O Ministério do Planejamento e Orçamento reforçou que o faseamento no empenho de gastos está mantido. Pela regra, os limites de empenho estão sendo divididos em dois períodos: até novembro e até dezembro. Dessa forma, os ministérios e órgãos poderão empenhar, até novembro, 50% do saldo a empenhar remanescente, sendo os outros 50% liberados para empenho apenas em dezembro.

“Tal medida objetiva adequar o ritmo de execução de despesas ao avanço do exercício e à realização das receitas, de maneira que a condução da programação orçamentária e financeira ajude a prevenir riscos no ciclo de gestão fiscal do orçamento”, afirmou a pasta em nota.

O faseamento é visto como uma forma de garantir que o governo tenha espaço para realizar novas contenções de gastos até o fim do ano caso haja aumentos de despesas obrigatórias ou frustração de receitas.

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