O governo federal está trabalhando na aquisição da vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia. A ideia é que o imunizante seja a “vacina de Bolsonaro”, como alternativa à CoronaVac, chamada de “vacina do Doria” pelo presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo jornal Estado de S. Paulo e foi confirmada pelo presidente em coletiva na manhã deste sábado (30).
De acordo com a reportagem, Bolsonaro se reuniu na quarta-feira (27) com o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, para tratar da aprovação da vacina russa. Até o momento os dados enviados à agência são considerados insuficientes para que o órgão aprove o imunizante, mesmo que a taxa de eficácia divulgada tenha chegado a 91,4%.
O Ministério da Saúde também teria informado à União Química, farmacêutica que deverá produzir a vacina no País, que está disposto a formalizar as tratativas comerciais para eventual aquisição dos lotes da vacina.
Na manhã deste sábado, Bolsonaro afirmou que já havia dito que iria comprar as vacinas que fossem aprovadas pela Anvisa. “Agora vamos tentar comprar a Sputnik”, disse o presidente.
A discussão sobre a compra da vacina russa acontece em meio a nova polêmica na aquisição e aplicação da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa Sinovac.
O governo paulista afirmou que se não houvesse manifestação do Ministério da Saúde, poderia exportar as 56 milhões de doses da vacina que o Butantan deve produzir a partir de maio. O governo já comprou 46 milhões de unidades, mas, pressionado, acabou divulgando a compra de mais 54 milhões de doses CoronaVac. A assinatura da compra deverá ocorrer na próxima terça-feira.
A pasta também informou que está solicitando a antecipação do registro da vacina junto à Anvisa, para ampliar a vacinação para toda a população brasileira.