Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2025
Número representa queda de 28,82% em relação a 2023, mas ainda é segundo maior da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Foto: Agência BrasilApós o recesso de fim de ano, o governo federal começa a divulgar os dados consolidados dos principais índices econômicos.
Nesta segunda-feira (06), o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) divulgará os dados da balança comercial brasileira, que devem mostrar um superávit de US$ 70,4 bilhões em 2024, segundo cálculos da própria pasta publicados em dezembro passado.
A divulgação oficial ocorrerá em uma coletiva de imprensa marcada para as 15h15min. O superávit de 2024 resulta da diferença entre as exportações, que devem alcançar US$ 335,7 bilhões, e as importações, que devem somar US$ 265,3 bilhões.
Esse valor representa uma queda de 28,82% em relação a 2023, quando a balança registrou um saldo de US$ 98,9 bilhões, o maior da série histórica iniciada em 2013. Mesmo assim, os números de 2024 são os segundos melhores dessa linha temporal.
Os dados da balança comercial brasileira são fundamentais para avaliar a saúde da economia do país. Eles revelam o equilíbrio entre exportações e importações, oferecendo um panorama sobre a competitividade do Brasil no comércio internacional.
Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, em 2025 – além das exportações tradicionais de soja, milho e carne – produtos “não tradicionais”, como açaí e castanha-do-pará, que estão ganhando espaço no mercado internacional, também devem contribuir para o crescimento da balança comercial.
“Vai ter um impacto muito positivo na balança. A safra de soja, milho e carne vai continuar se expandindo. Esses produtos ‘não tradicionais’ já representam 7% de incremento na balança comercial e vão continuar avançando”, disse.
Por que esses números são importantes?
Quando o País apresenta superávit na balança comercial, ou seja, exporta mais do que importa, isso indica uma economia robusta e o aumento das reservas de divisas estrangeiras.
Por outro lado, um déficit comercial, quando as importações superam as exportações, pode sinalizar uma dependência de produtos estrangeiros e apontar desafios econômicos, como a escassez de divisas.
Esses dados também ajudam a identificar quais setores estão ganhando destaque globalmente, como soja, carne, minério de ferro e petróleo – que tiveram maior relevância em 2024 – e servem de base para o desenvolvimento de políticas econômicas.
Assim, o governo pode adotar medidas para estimular as exportações, ajustar tarifas e explorar novos mercados, contribuindo para a diversificação da economia e o fortalecimento da posição do Brasil no cenário internacional.