Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2023
O Revalida tem duas etapas: a primeira é uma prova escrita, com questões objetivas e discursivas, e a segunda, prática, para testar as habilidades clínicas dos médicos
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilDesde 2011, quase 12 mil médicos formados em faculdades do exterior conseguiram validar o seu diploma para exercer a profissão no Brasil após serem aprovados na segunda fase do Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira).
Sem o Revalida, brasileiros ou estrangeiros graduados em medicina em outros países não podem solicitar o registro nos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina). São esses órgãos que autorizam os médicos a trabalharem no País.
Os 11.988 aprovados representam um terço das mais de 36 mil pessoas que já participaram de qualquer fase em pelo menos uma edição do Revalida, criado há 12 anos para centralizar a validação de diplomas estrangeiros de medicina. Antes, isso era feito diretamente em universidades públicas brasileiras, mas cada uma adotava métodos próprios.
Isso significa que 24.334 médicos já tentaram realizar pelo menos uma vez o Revalida, mas não conseguiram as notas mínimas para serem aprovados. Desses, 19.786 ainda não passaram nem da primeira fase do exame, que é teórica e tem 100 questões objetivas, além de cinco questões discursivas.
Dos quase 12 mil candidatos que já conseguiram a aprovação, 8.894 foram aprovados na segunda fase na primeira tentativa, 2.750 precisaram fazer a prova duas vezes e 344 fizeram três ou mais vezes a segunda fase.
Como é o Revalida?
O Revalida tem duas etapas: a primeira é uma prova escrita (com questões objetivas e discursivas), e a segunda, prática, para testar as habilidades clínicas dos médicos.
A fase prática é dividida por estações que simulam atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) com a participação de atores. No total, são dez estações, que abrangem cinco áreas da medicina: clínica médica, medicina da família, pediatria, cirurgia e ginecologia e obstetrícia.