Quarta-feira, 16 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No seu retorno da viagem que realiza à Alemanha, o governador José Ivo Sartori deverá incrementar a negociação com os deputados da sua base na Assembleia, para aprovar a proposta que autoriza o executivo a renegociar as dívidas com a União e com o BNDES. Esses projetos são importantes, porque permitem ao Estado assinar o chamado pré-acordo do regime de recuperação fiscal, que prevê a carência da dívida por três anos e a possibilidade de contratação de empréstimos.
Depois destes,serão necessários porém, outros projetos sobre as exigências assumidas pelo Estado e um texto específico que vai permitir o fechamento do acordo com a União. A meta política do governo do estado é aprovar até outubro estes projetos.
Projeto do IPERGS ainda não chegou ao Legislativo
O governo gaúcho está se especializando em perder o “time” para o encaminhamento e votação de projetos delicados, mas importantes para a reestruturação do Estado. Foi assim com vários pontos da chamada reforma fiscal,e agora se repete com os projetos para a divisão do Instituto de Previdência do Rio Grande do Sul, criando órgãos específicos para previdência e saúde. Apesar do alarde com que foram anunciados no mês passado, os projetos até agora não desembarcaram na Assembleia Legislativa.
Ajuris e entidades querem ver o projeto
A queixa é do presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, Gilberto Schäfer, que também preside a Ajuris, ele, outros dirigentes das 28 entidades que integram a União Gaúcha, não conseguiram até agora obter detalhes sobre os projetos que pretendem dividir o IPE em duas autarquias, destinadas a atender separadamente Saúde e Previdência.
Além de não conhecermos as minutas, nos preocupa a informação de que os projetos serão encaminhados em regime de urgência, o que limitaria a possibilidade de discussão tanto previamente, com as entidades, como na própria Assembleia”, declarou Schäfer.
Gilmar Mendes: oito ou oitenta
Alvo de comentários de amor e ódio, em razão de suas constantes manifestações fortes sobre questões da atualidade política, o ministro Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, está desta vez sendo o motivo da rapidez com que o Congresso tem votado a proposta de reforma partidária. Na verdade, os parlamentares temem que,se não fizerem a reforma, o ministro Gilmar Mendes vai faze-la, do seu modo. Nem tudo o que o ministro afirma é criticável. Como, por exemplo quando ele diz que alguns partidos, pelo seu perfil meramente comercial, deveriam estar “inscritos na junta comercial”.
O dilema do PEN/Patriotas
Sem mecanismos de controle para filtrar as milhares de filiações que acontecem em todo o país, depois do anúncio do ingresso do deputado Jair Bolsonaro, o Partido Ecológico Nacional, agora Patriotas, começa a enfrentar, inclusive no Rio Grande do Sul, um problema de difícil solução: a infiltração de egressos de partidos de esquerda. Sem mecanismos para fazer esse controle, o partido de Bolsonaro poderá ter uma corrente expressiva formada por militantes de esquerda, com capacidade de influir nas futuras decisões.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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