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Governo gaúcho e professores assinam acordo sobre greve da categoria que durou quase dois meses

Para 2025, está projetado um novo certame com mais 3 mil vagas. (Foto: EBC)

O governo do Rio Grande do Sul e o Cpers/Sindicato assinaram, na noite de quarta-feira (19), um acordo que põe fim à discussão sobre a recuperação dos dias de paralisação da categoria na greve realizada de 18 de novembro de 2019 a 14 de janeiro de 2020.

Pelo acordo, os dias de greve foram considerados recuperados, e os trabalhadores da educação que tiveram desconto na remuneração receberão os valores em folha suplementar até o dia 11 de novembro.

Mais de 28 mil professores da rede estadual de ensino aderiram à greve e serão beneficiados pelo acordo firmado. A paralisação foi realizada em protesto contra uma proposta do governo de mudança no plano de carreira do magistério e contra um projeto que aumentava as alíquotas de contribuição previdênciária.

“A solução desse caso significa evitar mais de 28 mil ações judiciais que poderiam ser propostas e ficariam tramitando por anos, o que seria muito mais oneroso para o Estado. Essa negociação reafirma a importância do Sistema Administrativo de Conciliação e Mediação”, disse o procurador-geral de Justiça do Estado, Eduardo Cunha da Costa.

“Conseguimos vencer mais essa batalha e continuamos firmes sempre na defesa do nosso direito e da educação pública de qualidade”, declarou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

“O CPERS reitera que o direito à greve é assegurado pela Constituição Federal e afirma que seguirá cerrando fileiras contra qualquer escalada de ataques à educação”, afirmou o sindicato.

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