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Governo gaúcho orienta a população sobre cuidados contra a piora na qualidade do ar devido à fumaça das queimadas

Situação deve melhorar a partir desta quinta, devido a frente fria e precipitações. (Foto: Fernando Oliveira/Especial/Metsul)

A combinação de tempo seco, altas temperaturas e céu cinzento em razão da alta incidência de queimadas de vegetação dentro e fora do Brasil compromete a qualidade do ar no País, inclusive no Rio Grande do Sul, onde já são relatados episódios da chamada “chuva preta”. Diante desse cenário, o governo gaúcho divulgou uma série de orientações à população.

Conforme especialistas das secretarias estaduais do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Saúde (SES) , em conjunto com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a situação é agravada pela ocorrência de vento norte na Região Metropolitana de Porto Alegre. A ausência de chuvas nos últimos dias também é um fator mencionado.

A chuva-preta é resultado da mistura de fuligem (trazida pela fumaça) com o vapor de água da atmosfera, interação que modifica as propriedades das nuvens. Com isso, a precipitação pluviométrica assume coloração escura e com elementos poluentes potencialmente nocivos à saúde humana em caso de ingestão, por exemplo.

De acordo com os principais serviços de meteorologia, o cenário pode mudar a partir desta quinta-feira (12), devido ao ingresso de uma frente fria e novas chuvas, que ajudarão a limpar a atmosfera. Também está prevista a chegada de ventos do sul, que devem empurrar a fumaça para fora do Estado, melhorando assim a qualidade do ar.

Até o momento, a equipe de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) não identificou aumento de casos de síndrome gripal não relacionados a vírus respiratórios, que podem ser influenciados por outros fatores, como a fumaça resultante de queimadas. Os dados são parciais e sujeitos a alteração.

Recomendações à população

– Monitoramento: acompanhe as previsões meteorológicas e a qualidade do ar.

– Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas.

– Redução da exposição: evite atividades ao ar-livre e mantenha portas e janelas fechadas. O uso de máscaras deve ser avaliado individualmente, pois auxilia na redução da exposição a partículas maiores, em especial para pessoas com problemas crônicos como pneumopatias, cardiopatias e deficiências imunológicas.

– Orientações para grupos vulneráveis: crianças, idosos e gestantes devem estar especialmente atentos a sintomas respiratórios e buscar atendimento médico imediatamente, se necessário.

(Marcello Campos)

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