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Governo gaúcho pode assumir a gestão de um sistema integrado de prevenção a desastres naturais e proteção contra enchentes

. (Foto: Maurício Tonetto/Secom-RS)

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, sugeriu que o governo do Rio Grande do Sul assuma a gestão de um sistema integrado de prevenção a desastres naturais e proteção contra enchentes no Estado. Segundo ele, o governo federal ficará responsável pelos investimentos financeiros para a execução dessas ações.

“Gostaríamos que o governo do Estado assumisse essa responsabilidade da gestão desse sistema. Entendemos que isso envolve várias cidades e não pode ser um somatório de cuidados pulverizados. Para manter esse sistema integrado funcionando, precisamos que todos funcionem corretamente, em conjunto, para proteger a todos. E nós entendemos que o lugar mais adequado é um órgão ou empresa estadual ou uma superintendência”, disse Costa.

No fim do mês passado, Costa e outros ministros se reuniram, em Porto Alegre, com especialistas em recursos hídricos e autoridades para tratar do tema, em razão das enchentes que devastaram o Estado. Na ocasião, os especialistas recomendaram a criação de um órgão estadual para prevenir enchentes.

Presente no encontro, o engenheiro Vicente Rauber, ex-diretor do extinto DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) da Capital e ex-presidente da CEEE, afirmou que o ministro da Casa Civil deu seu aval à proposta de “estudar a ampliação e o aperfeiçoamento, a nível estadual, de alternativas para os sistemas de proteção contra inundações, em especial, em nosso caso, considerando a Região Metropolitana de Porto Alegre”. Rauber ressaltou que a Metroplan já realizou um estudo com essa finalidade.

A proposta consta em um documento entregue à prefeitura de Porto Alegre e ao Ministério Público, no mês passado, por um grupo composto por 48 engenheiros e técnicos conhecedores do sistema de proteção contra inundações da Capital.

“Ministros e outras autoridades assumiram um compromisso em torno do ‘patinho feio’ das políticas públicas, o saneamento, que vive agarrado a outro ‘patinho feio’, que é a manutenção. Bilhões poderão ser liberados pelo governo federal. Para que sejam bem aplicados e funcionem bem, apresentamos várias sugestões, que devem ser condicionantes. Tema relevante para a reconstrução do Estado”, destacou Rauber.

“A prevenção é muito importante para que tragédias como a que vivemos nunca mais se repitam”, afirmou o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, após a reunião.

“O governo federal se prepara agora para encomendar estudos que permitam encontrar as melhores estratégias de prevenção em todo o Brasil. Juntos, vamos reconstruir o Rio Grande com sustentabilidade”, prosseguiu Pimenta.

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