Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de maio de 2020
Moro (D) acusa Bolsonaro de interferência política na PF
Foto: Carolina Antunes/PREm ofício enviado à PF (Polícia Federal), a Secretaria-Geral da Presidência informou que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro não assinou o ato de exoneração do ex-diretor-geral da corporação Maurício Valeixo.
Quando a demissão de Valeixo foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 24 de abril, os nomes de Moro e do presidente Jair Bolsonaro apareceram como responsáveis pelo ato.
Moro, que se demitiu no mesmo dia, disse que foi surpreendido pela exoneração e que não havia assinado o ato. Mais tarde, o Palácio do Planalto republicou a exoneração, sem a assinatura do ex-ministro.
À PF, a Secretaria-Geral explicou que publicar no Diário Oficial o nome do ministro responsável pelo órgão é “a praxe” do governo e que a assinatura física é colhida depois. O esclarecimento foi prestado dentro do inquérito que investiga a denúncia de Moro de que Bolsonaro queria interferir na corporação.
“Segundo a praxe administrativa, a publicação no Diário Oficial vem acompanhada da inclusão da referenda do ministro ou ministros que tenham relação com o ato”, explicou a Secretaria no ofício.
A Secretaria-Geral afirmou também que não houve “qualquer objetivo deliberado” em fazer parecer que o ato havia sido assinado por Moro. “Ao contrário, a área técnica apenas seguiu a praxe.”