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Governo Lula diz acompanhar com “grave preocupação” escalada de tensão entre Israel e Hezbollah

Prédio destruído após ataque do Hezbollah no norte de Israel. (Foto: Ammar Awad/Terra)

O governo Lula afirmou nesse domingo (25), que acompanha com “grave preocupação” a escalada de tensões entre Israel e o grupo paramilitar libanês Hezbollah. Em nota, o Itamaraty desencorajou “fortemente” viagens para a região e pediu “máxima contenção” das partes envolvidas.

“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a escalada de tensões observada, na última madrugada, no Líbano e em Israel, com ataque israelense contra alvos no Sul do Líbano e lançamento de foguetes pelo Hezbollah contra o território israelense”, diz a nota do Itamaraty.

“O Brasil conclama todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção, a fim de evitar a intensificação de hostilidades na região e o alastramento do conflito para o restante do Oriente Médio”, afirma outro trecho da nota do Itamaraty.

Além de desencorajar viagens à região, o governo também tem dado orientações à comunidade brasileira no Líbano por meio da embaixada em Beirute e de páginas na internet.

Entenda a situação

Nesse domingo, o exército de Israel disparou bombardeios aéreos “preventivos” contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, após detectar planos para uma investida significativa em seu território.

Depois disso, o Hezbollah, considerado um grupo terrorista por vários países, como Estados Unidos, França e Alemanha, afirmou ter iniciado a “primeira fase” de um grande ataque contra Israel, disparando 320 foguetes e drones, atingindo 11 locais militares do país.

O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, então decretou um estado de emergência de 48 horas em todo o país, começando às 6h da manhã deste domingo. Voos também foram suspensos no aeroporto de Tel Aviv.

Mais tarde, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os líderes do Hezbollah e do Irã devem entender que a resposta do país foi “mais um passo para mudar a situação no Norte” de Israel e que “isso não é o fim da história”.

Já o Hezbollah afirmou que a operação deste final de semana foi “concluída e realizada” com sucesso. O líder do grupo paramilitar libanês, Hassan Nasrallah, sinalizou que novos ataques do grupo contra Israel podem ocorrer. Ele disse que se os resultados do ataque de hoje não “forem suficientes” o grupo poderá avaliar reações futuras.

Segundo Nasrallah, o ataque do Hezbollah contra Israel neste domingo foi uma retaliação ao assassinato de um importante comandante do grupo por forças israelenses em Beirute no fim de julho.

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