Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2024
O País enfrenta a pior seca em sete décadas.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilMais de 60% do território nacional está em chamas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado antecipadamente sobre a seca e o risco de incêndios florestais no Brasil. Uma série de documentos incluindo ofícios, notas técnicas, atas de reuniões e processos judiciais mostram que a gestão petista tinha ciência do que estava por vir desde o início do ano.
O Ministério do Meio Ambiente afirmou, que o governo se antecipou, mas que ninguém esperava eventos nas proporções atuais e que não é possível controlar a situação se o “povo” continuar provocando incêndios.
O País enfrenta a pior seca em sete décadas, quando começaram os registros. A crise provoca incêndios florestais – a maioria deles criminosos, diz o governo –, ondas de fumaça no céu, seca rios, prejudica o atendimento a comunidades isoladas e causa problemas de saúde, sobretudo respiratórios.
Na última semana, Lula foi ao Amazonas com uma comitiva de ministros e anunciou a criação da Autoridade Climática, recuperando promessa de campanha não cumprida.
Auxiliares diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levantam a suspeita, em conversas privadas, de que a intensificação das queimadas possa ser resultado de um movimento orquestrado contra o governo. Segundo fontes do Palácio do Planalto, há uma possibilidade de que os incêndios tenham sido provocados intencionalmente e idealizados por um pequeno grupo de pessoas.
A desconfiança do governo é que os incêndios têm sido iniciados por mandantes, que ordenam, à distância, onde os focos de queimada devem começar. A suspeita é que pessoas espalhadas por diferentes estados estejam envolvidas na execução dessas ações a mando desse grupo, mas as investigações ainda estão em andamento para identificar os responsáveis e as verdadeiras motivações por trás das queimadas.
Os incêndios florestais se intensificaram em agosto, devido ao clima seco, contabilizando 10.328 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O instituto também registrou, no mês passado, o maior em número de ocorrências de incêndios na base histórica do Inpe, que iniciou as medições em 1998.
O governo está sob pressão para tomar medidas efetivas contra as queimadas, que atingem diversas regiões no País. Os incêndios geram fumaça que chegaram a cobrir 60% do céu do Brasil, e estão concentrados principalmente na Amazônia e na região Sudeste. Em Brasília, o incêndio no Parque Nacional, que começou no domingo, também cobre regiões do DF com fumaça.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o governo federal a emitir créditos extraordinários, fora do arcabouço fiscal, para financiar medidas de combate aos incêndios.