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Governo Lula sente cheiro de impeachment no ar e suspende compra bilionária de arroz

Deputado Federal Afonso Hamm (PP) aprovou, na Comissão de Agricultura, a convocação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)

O governo pressentiu o perigo: o escândalo do arrozão da Conab, no qual um bolicho de bairro, uma locadora de carros e uma fábrica de sorvetes venceram a licitação milionária para compra de 263 mil toneladas do produto importado, tem potencial muito mais forte que as pedaladas fiscais que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A rapidez com que o deputado federal Luciano Zucco (PL) vinha coletando assinaturas para a abertura de uma CPI levou o governo Lula a suspender o negócio. Pela manhã, sem informar na agenda oficial, Lula convocou uma reunião de emergência com os ministros Fávaro e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e bateu o martelo para o cancelamento do negócio e a demissão de Neri Geller do Ministério da Agricultura. Edegar Pretto, presidente da Conab, foi poupado. Por enquanto.

O fio da meada mostra que a compra do arroz pode ter sido um negócio entre amigos

O escândalo milionário envolveu o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Ele tem ligações com Robson França, dono de corretoras que intermediaram a venda de 44% do volume de arroz negociado (116 mil tonelada). França foi seu assessor durante seu mandato na Câmara dos Deputados, entre 2019 e 2020 e o filho do ex-deputado também é cotista da empresa FG Business, em sociedade com França. Geller, pressionado pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro, pediu exoneração do cargo ontem (11).

Edegar Pretto resiste na presidência da Conab

No olho do furacão, o presidente da Conab, Edegar Pretto, ainda resiste no cargo. Pretto foi o candidato derrotado do PT nas eleições para o governo do Rio Grande do Sul em 2022. Pretto só não chegou ao segundo turno, por um erro estratégico do PT que carregou votos em Eduardo Leite para derrotar o candidato de Jair Bolsonaro, o ex-ministro Onyx Lorenzoni.

Ministro da Agricultura irá à Câmara explicar a trapalhada

No próximo dia 19 de junho, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comparecerá na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, para prestar esclarecimentos sobre a decisão agora cancelada, de importar 168 mil toneladas de arroz da Ásia. O requerimento da convocação do ministro foi apresentado pelo deputado federal Afonso Hamm.

Nem Pacheco suportou descumprimento de acordos pelo governo Lula

Após o governo não cumprir sucessivos acordos, nem o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fiel aliado do sistema que governa o país suportou e devolveu, ontem (11), parte da medida provisória inconstitucional que limita a dedução de créditos de PIS/Cofins para empresas, chamada de “MP do Fim do Mundo”. Pacheco vinha sofrendo pressão da indústria, do agronegócio e de parlamentares. Foram devolvidos os trechos que tratam da limitação aos créditos de PIS/Cofins. Com a decisão, e esta parte da medida perde a validade.

Senado vai comemorar o Dia do Quadrilheiro. Calma: é o quadrilheiro junino

O Senado fará uma sessão especial para comemorar o Dia Nacional do Quadrilheiro Junino. O requerimento com esse objetivo foi aprovado pelo Plenário ontem (11) e a sessão ainda será agendada. A iniciativa partiu do senador Izalci Lucas (PL-DF), que destacou importância das festas juninas e de seus participantes para a vida cultural e social do país.

Ajuda japonesa para o Rio Grande do Sul

Os deputados Lucas Redecker, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e Marcel van Hattem estiveram ontem na embaixada do Japão em Brasília. Receberam uma boa notícia. Segundo Marcel, “o embaixador Hayashi Teiji, confirmou que pretende aumentar ainda mais a ajuda japonesa para a reconstrução do nosso estado!” O governo japonês já mandou 75 purificadores de água e deverá enviar técnicos em deslizamentos, além de recursos financeiros.

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