Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 24 de janeiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Este ano de 2020 pode marcar uma virada na política de comunicação do governo Jair Bolsonaro, na “guerra de narrativas” que virou rotina no dia-a-dia. Será implantado um plano envolvendo todos os ministérios, sob coordenação do Palácio do Planalto, para comunicar melhor as ações do governo. O presidente promete se engajar nisso, evitando por exemplo suas coletivas improvisadas “na grade”, à saída do Alvorada ou na chegada ao trabalho. Mas poucos acreditam que ele fará isso.
Wajngarten no comando
A tentativa de coordenação das ações de comunicação do governo são capitaneadas pelo chefe da Secom, Fábio Wajngarten.
Mídia social não basta
O desafio do secretário de Comunicação será convencer Bolsonaro & filhos que só usar redes sociais não ganha a tal “guerra da narrativa”.
Esta é minha praia
Com quase três décadas de embates com jornalistas, Bolsonaro não reconhece em ninguém autoridade para lhe dar lições sobre o tema.
Vai dar trabalho
Certa vez, Bolsonaro respondeu a uma ponderação do general Augusto Heleno: “O sr. entende de estratégia militar, de política entendo eu”.
Projeto de reforma já incluía superfaturamento
Ainda não começou a reforma do Teatro Nacional de Brasília, fechado há seis anos, porque governo teve de refazer o projeto. Elaborado em gestão anterior, o projeto favorecia o superfaturamento da futura obra, segundo explicou o governador Ibaneis Rocha (MDB). Assim, os R$ 33 milhões que seriam gastos na reforma parcial prevista no projeto original, agora serão suficientes para realizar a maior parte.
Chamem a polícia
O projeto original de reforma do Teatro Nacional previa gastos espantosos de R$ 240 milhões.
Projeto estatizado
A empresa pública Novacap é que está preparando o projeto básico da restauração do Teatro Nacional. A licitação sairá até o fim de fevereiro.
Dinheiro garantido
Ibaneis conseguiu os R$ 33 milhões no Fundo de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça. A iniciativa privada deve bancar o que faltar.
Já deu
Ao vetar o batismo de uma praça com o nome de Marielle Franco, o governador do DF, Ibaneis Rocha, acabou mostrando a diferença entre opinião publicada e opinião pública. A enquete de uma rádio inconformada com o veto mostrou que o apoio à decisão foi de 70%.
Festa no Planalto
É indisfarçável o entusiasmo no Palácio do Planalto com a chegada de Regina Duarte ao governo. Está combinado que sua nomeação e posse (muito festiva) ocorrerá após o retorno dele da visita a Índia.
Para evitar circo midiático
A nova lei anticrime reforça a impossibilidade de levantamento do sigilo dos depoimentos de delação premiada até o recebimento da denúncia pela Justiça. O juiz fica proibido de dar publicidade a acordos.
Liberação parada na Justiça
Há quase dois anos está na Justiça uma ação da Defensoria Pública de Alagoas para autorizar a venda direta de etanol de produtores a postos de combustíveis. Hoje a “agência reguladora” ANP proíbe a venda direta para beneficiar os distribuidores, encarecendo o preço final.
Importante viagem
Durante a sua viagem à Índia, o presidente Jair Bolsonaro deve assinar até uma dúzia de acordos e termos de cooperação entre os países, principalmente nas áreas de tecnologia, saúde e energia.
Sem histeria
A Lei nº 7.716 de 5 de janeiro de 1989 define crimes de preconceito de raça ou cor. Também consta na lei previsão de reclusão de 1 a 3 anos para quem distribuir ou veicular qualquer tipo de propaganda ou símbolo, incluindo a suástica, com o intuito de divulgação do nazismo.
Interferência lulista
Após a Lavagem do Bonfim, início não-oficial da campanha eleitoral em Salvador, o PT da Bahia continua embolado com pré-candidatos pela Prefeitura, incluindo Vilma Reis, Fabya Reis, Robinson Almeida, Juca Ferreira e Moisés Rocha. O PT nacional está atento e vai interferir.
Significativo não é
O CEO da chinesa Huawei afirmou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que “não será significativo” o impacto das medidas dos EUA contra a empresa. Disse que “aprenderam muito” com os americanos.
Pensando bem…
… o coronavírus já trabalhou mais em 2020 que o Congresso brasileiro.
PODER SEM PUDOR
O mentiroso oficial
Pedro Rattes era prefeito de Manacapuru (AM) quando encontrou Arquimedes, mentiroso oficial da cidade, e resolveu jogar conversa fora: “Conta uma mentira aí, Arquimedes…” O homem se esquivou: “Posso não, seu Pedro, hoje eu estou triste, vou ao enterro do seu Arnaldo, dono da mercearia.” Rattes ficou envergonhado, pediu desculpas. Mas não demorou descobrir que o comerciante estava vivo e saudável. Pediu explicações a Arquimedes, que respondeu candidamente: “Ué, o senhor não pediu para eu contar uma mentira?”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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