Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 2 de julho de 2020
Somente o impacto fiscal das medidas de combate à pandemia de coronavírus já soma R$ 521 bilhões
O Ministério da Economia informou, nesta quinta-feira (02), que aumentou a previsão de déficit nas contas públicas para R$ 828,6 bilhões em 2020. A estimativa anterior, feita em maio, era de encerrar este ano com um rombo de R$ 708,7 bilhões.
Os números refletem principalmente as medidas de combate à crise da pandemia da Covid-19. De acordo com o governo, a nova projeção já considera a prorrogação, por mais dois meses, do auxílio emergencial.
O déficit acontece quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e contribuições. Quando ocorre o contrário, há superávit. A conta do déficit primário não considera os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública.
A revisão da projeção do governo considera uma estimativa de queda de 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto). O déficit previsto deve representar 12% do PIB deste ano.
Em todo o ano passado, as contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$ 61,872 bilhões (0,85% do PIB). Para este ano, somente o governo tinha de atingir uma meta de déficit primário até R$ 124,1 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia, não será mais necessário atingir esse valor.
De acordo com balanço divulgado nesta quinta, somente o impacto fiscal das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus já somam R$ 521,3 bilhões. O número inclui gastos autorizados pelo governo federal e renúncias de receitas, como a isenção de impostos.