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Governo quer R$ 25 milhões para escritório da OMT

Sobram verbas para outras áreas enquanto a falta de dinheiro em caixa justifica arrocho para algumas áreas, como a negativa de reajuste digno para professores das universidades. Os ministros Celso Sabino (Turismo) e Simone Tebet (Planejamento) tentam implantar um escritório regional da Organização Mundial do Turismo (OMT) às custas do Brasil. O contrato de estruturação do organismo tem poucos detalhes, mas parte do que vai custar ao pagador de impostos já está definida: R$ 25 milhões.

Vê depois
Os detalhes sobre custos ainda serão definidos, mas a suspeita é que, ao pagar a conta, o governo quer exigir o aparelhamento do organismo.

Bom para
O valor, que em dólares representam US$ 5 milhões, deve ser pago anualmente pelo Brasil, com o primeiro boleto já em 2024.

Vai que…
O contrato prevê outros R$ 25 milhões em 2025 e 2026, mas abre brecha para reajuste definido pelo conselho executivo ou pela OMT.

MTur não serve?
O escritório, diz o protocolo, é para “desenvolver e promover o turismo” dentro das “peculiaridades dos estados do continente americano”. Ah ta…

‘Clima’ justifica projeto milionário com a China
O governo Lula tenta acelerar assinatura de contrato com o governo chinês que vai custar pelo menos US$ 51 milhões no lançamento de um satélite que, diz o acordo, servirá para monitorar condições climáticas, queimadas e desastres naturais. O projeto foi encaminhado na quinta-feira (23) ao Congresso Nacional, que precisa autorizar a liberação da fortuna. O contrato, costurado na ida de Lula à China em abril de 2023, prevê que a propriedade do aparelho será dos dois países, meio a meio.

Cadê Marina?
Apesar da desculpa “climática” para gastar a grana, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática sequer é citado no acordo.

Segundo escalão
Assinam o acordo a apagada ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e o chanceler de enfeite, Mauro Vieira.

Tartaruga
Vai demorar para o milionário satélite dar algum retorno por aqui… a previsão de lançamento é para daqui quatro anos, só em 2028.

Mandou bem
Poucas empresas faturam tanto no Rio Grande do Sul como a JBS, de Joesley/Wesley Batista. Porém, a maior produtora mundial de proteína animal doou só 40 toneladas de alimentos, enquanto Renata Barreto, musa do mercado financeiro, fez chegar aos gaúchos 1.000 toneladas.

Greve ignorada
A Comissão de Educação da Câmara acionou Camilo Santana (Educação) para explicar a interminável greve nas universidades federais. A turma fez o L, mas é solenemente ignorada pelo ministro.

Brasil envergonhado
Nota descarada de Lula sobre Michel Nisembaum, assassinado por terroristas do Hamas, é divulgada apenas quatro dias após Lula também lamentar morte do presidente do Irã, país que financia o grupo terrorista. Em sua nota vergonhosa, Lula nem sequer condena o Hamas.

Petista assediador
Deputados cobram que a Secom de Lula explique a nomeação de Ricardo Blattes para atuar na organização do G20. O petista que garantiu a boquinha é acusado de assédio a servidoras do Cade.

Cancela tudo
O deputado Sargento Portugal (Pode-RJ) quer sustar portaria do Exército que reduziu número de armas disponíveis para policiais. Avalia a decisão pode comprometer capacidade operacional das forças de segurança.

Trabalho remoto
Deputados do Rio Grande do Sul ganharam mais uma semana de dispensa de presença física em Brasília. A autorização é de Arthur Lira, presidente da Câmara, em razão do dilúvio que castiga o Estado.

Vem de onde?
Tramita na Câmara projeto que obriga divulgação da origem, ano de formação e instituição de graduação de profissionais do Mais Médicos. Carla Zambelli (PL-SP) diz que a ideia é aumentar a transparência

Jogo com plateia
Para o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), o impasse nas votações na Câmara “é que o governo quer arrecadar, mas o PT, não; o PT quer ficar bem nas redes sociais”.

Pergunta na despesa
Se o chefe bate recorde de gastos, o vice segue exemplo?

PODER SEM PUDOR
Mal não fazia
Todo santo dia, o veterano deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) utilizava um recurso próprio de sua vasta experiência: na primeira meia-hora da sessão da Câmara, ele dava “como lido” discursos sem relevância, celebrando efemérides, elogiando eleitores e veículos de comunicação que aniversariam, com espaço garantido na “Voz do Brasil”. Vendo-o em ação, o novato Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) cutucou Sérgio Carneiro (PT-BA): “Ainda não descobri para que serve isso, mas, se ele faz, é porque é bom…”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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