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Por Redação O Sul | 10 de abril de 2016
Em estratégia para tentar desarmar eventuais manobras no processo de impeachment, o governo Dilma Rousseff recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar que as regras da votação sejam estabelecidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido tem como objetivo induzir a Suprema Corte a estabelecer um rito para a votação em plenário e impedir o peemedebista de criar regras que influenciem deputados federais a se posicionarem favoráveis à saída da petista.
A medida deverá ser protocolada nos próximos dias por parlamentares do PT ou do PCdoB, evitando que o governo entre de maneira antecipada na estratégia de judicializar o impeachment, o que deve ocorrer apenas ao fim do trâmite na Câmara.
O Planalto defende que seja repetido o rito adotado na votação de afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Na época, o presidente da Casa Legislativa, Ibsen Pinheiro, marcou a votação para um dia de semana e fez a chamada por ordem alfabética.
Outro ponto refere-se à chamada oral de eventuais faltosos. O governo manobra para esvaziar o plenário no dia da votação, já que a ausência é benéfica. É preciso 342 dos 513 votos para que o pedido de afastamento seja enviado ao Senado, que terá de confirmá-lo. (Folhapress)