Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 11 de novembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em clara demonstração de submissão a uma organização que nem sequer tem CNPJ, todo o governo Lula (PT) foi mobilizado para produzir uma cartilha de mais de 160 páginas apontando o “caminho das pedras” para o MST, espécie de manual de instruções para que o movimento acusado de promover invasões criminosas de terras saiba onde e como pedir o que quiser. O “Caderno de Respostas do MST”, é obra dos ministros da Secretaria Geral e do Desenvolvimento Agrário.
CPI ignorada
A iniciativa é ainda mais espantosa considerando as graves revelações das investigações da CPI do MST, que investigou essa organização.
É ordem
Apesar de criado pelos ministros Mauro Macedo e Paulo Teixeira, o manual do MST é assinado por Lula e destinado a todos os ministérios.
Oficialmente
O manual do governo para o MST diz que o objetivo é “receber a pauta dos movimentos, sistematiza e entregar ao movimento solicitante”.
Minucioso
O documento contém centenas de pedidos, chamados de “pautas” e até áreas específicas, com “atualizações” acerca de cada item.
Lula reúne ministros para ‘balanço’ sem resultados
A reunião de Lula com os ministros, nesta sexta (10), não teve o que entregar como resultado de seus primeiros onze meses. O objetivo era fazer “balanço do primeiro ano”, mas a reunião acabou virando um pito do presidente nos ministros com os maiores orçamentos, que nada tiveram a apresentar. Pagaram mico Izolda Cela (sub. Educação) e Nísia Trindade (Saúde), os dois maiores cofres, além de Marina Silva (Meio Ambiente) e Flávio Dino (Justiça), os maiores “nada a declarar”.
Sem explicações
Marina tem se embananado para explicar como a Amazônia continua a ser destruída, apesar de chefiar a máquina preservadora estatal.
Grilo falante
Dino poderia ter apresentado o número de factoides que produziu, mas está às voltas com a perda da área de Segurança Pública na pasta.
Sem notícia boa
Também não pouco disseram de relevante os ministros da Previdência, Trabalho, Casa Civil, Cultura, Relações Institucionais e Comunicação.
Tiroteio nos pés
A proibição de concursos em órgãos como Polícia Federal, Receita, INSS, IBGE e Banco Central está entre as punições previstas para o governo que descumprir a meta fiscal por dois anos consecutivos.
Bolsonaro causando
Foi difícil circular por Campo Grande, em Cariacica (ES), na manhã de sexta (10). Uma multidão de admiradores cercou a área e até fechou a rua para saudar Jair Bolsonaro, que estava em lanchonete do bairro.
Desprestígio
Com dois meses no cargo, Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), do recém-cooptado Republicanos, ainda não teve reunião privada com Lula. Diferente de André Fufuca (Esporte), do PP, recebido duas vezes.
Bob de fora
Quadro central no PTB velho de guerra, Roberto Jefferson deve ficar fora do PRD, resultado da sua fusão com o Patriota. No negócio, PTB entrou com estrutura e filiados, o Patriota com 4 deputados federais.
PDT se esfarela
A briga pelo PDT do Ceará ameaça o partido em Brasília. Políticos ganharam de Cid Gomes o “direito” de deixar o partido, a maioria com destino ao PT, mas foram barrados pela direção nacional.
O povo na seca
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a ineficiência do governo federal em mitigar os efeitos da falta de chuva e seca do Rio Piranhas, no Rio Grande do Norte. “O povo do Nordeste levou cano de Lula”, diz.
Chamando pelo nome
Aliança de bilionários de Wall Street e Hollywood em grupos de e-mail e Whatsapp vai produzir campanha de US$50 (R$250) milhões para definir o Hamas como grupo terrorista junto à população americana.
Terceira via
Sobrinho de JFK, ex-presidente dos EUA, Robert Kennedy Jr. já lidera pesquisas para presidente entre eleitores abaixo dos 45 anos, com 38% em cinco estados-chave, à frente de Joe Biden e Donald Trump.
Pensando bem…
…o governo ficou para o ano que vem.
PODER SEM PUDOR
Entrevista forçada
Lula sabia lidar com pigunços. Em agosto de 1989, quando ainda usava voos comerciais, aguardava o embarque no bar do aeroporto de Brasília quando um homem alcoolizado o reconheceu e puxou papo. Para se livrar dele, Lula fez a festa de um repórter cuja presença até então ele tentava ignorar. Ligou o gravador, que estava sobre o balcão, e se desculpou: “Agora não dá, preciso dar uma entrevista exclusiva ao amigo aqui…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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