Foi o governo do MDB, de José Ivo Sartori, que denunciou o caos das finanças, e deu início a uma ampla reforma administrativa do Estado. Agora, o MDB, com oito deputados, é a maior bancada aliada ao governador Eduardo Leite na Assembléia Legislativa. Participa do governo, e ocupa a poderosa Secretaria de Logística e Transportes, para a qual indicou o deputado estadual Juvir Costella, e preencheu vários espaços importantes da gestão estadual. Mesmo assim, há um movimento na bancada, no sentido de não assumir compromisso com a aprovação do pacote de medidas para debelar a crise financeira do Estado. A crise, começou a ser enfrentada ainda no governo Sartori, do MDB.
Foco nas eleições
A alguns deputados, e não apenas do MDB, preocupa o reflexo desta votação dos projetos, no desempenho das eleições municipais de 2020. A outros, o reflexo do seu próprio desempenho numa disputa à reeleição em 2022. Os dados incontestáveis do desempenho financeiro (receita – despesa) do Estado porém, demonstram que os efeitos da crise poderão ser devastadores para o Rio Grande do Sul como um todo, se uma medida drástica não for adotada agora, algo que vai muito além de uma eleição.
A posição corajosa do governador José Ivo Sartori
Justiça seja feita, o Estado viveu dois momentos marcantes da sua gestão nas últimas décadas. Um deles foi o governo de Yeda Crusius PSDB) que mediante ajustes e medidas pouco simpáticas, conseguiu levar o estado a um histórico superávit ao final da gestão. O outro momento, deu-se com o governador José Ivo Sartori, que acabou com a hipocrisia do orçamento equilibrado, baseado em falsas expectativas de receitas futuras. Foi Sartori quem, corajosamente, trouxe à luz uma crise que vinha sendo encoberta por orçamentos maquiados.
Inspiração para todos
Convém aos deputados, em especial do MDB, uma reflexão sobre esta declaração: “Atravessamos um período de dificuldades que exigem seriedade política, sem espaço para demagogias ou falsas promessas de soluções milagrosas. Só conseguiremos sair da crise se os interesses coletivos estiverem, de fato, acima dos interesses individuais, corporativos ou ideológicos. Um desafio que será vencido somente se houver união de todas as forças em benefício do Rio Grande.” Quem fez esta afirmativa? Eduardo Leite? Não. José Ivo Sartori, em junho de 2018.