Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2025
O bureau afirma ter garantido quase US$ 20 bilhões em alívio financeiro para consumidores desde sua fundação.
Foto: ReproduçãoO governo Trump ordenou a paralisação de quase todas as atividades do Bureau de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB, na sigla em inglês), efetivamente fechando a agência criada após a crise financeira de 2008 para proteger os consumidores.
Russell Vought, novo diretor do Escritório de Gestão e Orçamento, determinou por e-mail que o CFPB suspenda a proposição de regras, adie a entrada em vigor de regulações já aprovadas e interrompa investigações, além de cessar atividades de fiscalização.
O CFPB foi criado durante o governo Obama como parte da reforma financeira de 2010 e desde então é alvo de críticas conservadoras. No fim de semana, Elon Musk publicou no X “CFPB RIP”, enquanto a página da agência ficou fora do ar.
No sábado, Vought anunciou que o CFPB não mais receberá recursos do Federal Reserve, classificando seu financiamento atual de US$ 711,6 milhões como “excessivo”. O bureau afirma ter garantido quase US$ 20 bilhões em alívio financeiro para consumidores desde sua fundação.
Críticos da medida, como Dennis Kelleher, do grupo Better Markets, afirmam que o CFPB atua na proteção dos consumidores contra abusos financeiros. A senadora Elizabeth Warren pediu a Trump que colabore com o bureau para evitar o “de-banking”, prática de fechamento arbitrário de contas bancárias.
O e-mail de Vought afirma que Trump o nomeou diretor interino do CFPB após demitir Rohit Chopra em 1º de fevereiro. A decisão reflete a estratégia do governo de reduzir regulações federais.