Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de março de 2016
A presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar nesta sexta-feira (18), ao participar de um evento em Feira de Santana (BA), a divulgação de áudios de conversas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz federal Sérgio Moro. A uma plateia formada por beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida, ela declarou: “Grampeia o presidente dos Estados Unidos para ver o que acontece”.
Na quarta-feira (16), Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato na primeira instância, retirou o sigilo de telefonemas do ex-presidente Lula. Entre essas conversas, estão diálogos dele com Dilma e Jaques Wagner (novo ministro-chefe de Gabinete da Presidência). Desde então, a própria presidenta tem declarado que o juiz violou a lei e que tomará providências.
“Grampeia o presidente dos Estados Unidos para ver o que acontece com quem grampear. É por isso que vou tomar todas as providências cabíveis neste caso. Não é só por causa da Presidência da República, que é muito importante, é por outro motivo: se eu não tomar providências, se alguém puder me grampear sem a autorização do Supremo Tribunal Federal, o que vai acontecer com o cidadão comum?”, afirmou, acrescentando que a Justiça não pode ser “politizada”.
Segundo Dilma, o ex-presidente Lula é um “grande amigo” que poderá ajudar o governo. “Quando vocês estão enfrentando alguma dificuldade, vocês não chamam um parente ou um amigo par ajudar? Por isso eu chamei um grande amigo meu e de vocês para me ajudar. Eu chamei o presidente Lula”, afirmou. (AG)