O presidente Jair Bolsonaro afirmou em seu perfil no Twitter neste domingo (26) que a maioria dos manifestantes que participaram de atos a favor de seu governo pelo País foi às ruas com “pautas legítimas e democráticas”. Bolsonaro ressaltou que já havia desautorizado a participação nos atos de quem defende o fechamento do Congresso ou do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Há alguns dias atrás (sic), fui claro ao dizer que quem estivesse pedindo o fechamento do Congresso ou STF hoje estaria na manifestação errada. A população mostrou isso. Sua grande maioria foi às ruas com pautas legítimas e democráticas, mas há quem ainda insista em distorcer os fatos”, publicou.
As passeatas a favor do governo foram registradas em todos os Estados e no Distrito Federal. Os manifestantes defenderam nas ruas projetos da gestão do presidente, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime e anticorrupção, apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Havia ainda cartazes contra o “centrão” e o Supremo.
Ao chegar a Brasília na noite deste domingo, perguntado se havia gostado das manifestações, Bolsonaro disse que “as imagens valem mais que mil palavras” . O presidente estava no Rio, onde participou do casamento do filho , o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), mas não participou dos atos. Ele foi à igreja Batista Atitude, na Barra, da Tijuca, frequentada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. Depois da visita ao templo, o presidente afirmou que o “povo está indo às ruas defender o futuro dessa nação” e que atos são recados contra velhas práticas. Mais cedo, pelo Twitter, Bolsonaro já havia apoiado o comparecimento nos atos .
Festa da democracia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, usou as redes sociais para elogiar as manifestações pró-governo Bolsonaro. “Festa da democracia”, escreveu em sua conta no Twitter, ressaltando que não houve pautas autoritárias, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. “Povo na rua é democracia. Com povo e Congresso, avançaremos. Gratidão”, escreveu.
A defesa do pacote anticrime proposto por Moro ao Congresso foi um dos principais pontos da pauta levada pelos manifestantes às ruas de pelo menos 93 cidades em 25 estados e no Distrito Federal, assim como a reforma da Previdência.
Em Brasília, os manifestantes inflaram um boneco do ministro da Justiça usando uma roupa de super-homem.