Grazi Massafera tem uma carreira surpreendente. Ela surgiu no BBB, quando virou queridinha do público, e logo foi ganhando espaço na televisão, começando nas novelas em “Páginas da Vida”, como a doce e inocente Thelminha.
Seu primeiro papel que realmente surpreendeu, no entanto, foi o da viciada em drogas Larissa de “Verdades Secretas”, que lhe rendeu até uma indicação ao Emmy Internacional. Agora, ela segue roubando a cena como a Luciane de “A Lei do Amor”, atual novela das nove da Globo. Mas mesmo com esse sucesso ela demorou a ser reconhecida.
Tanto que, em entrevista para a “Marie Claire”, Grazi contou que sofreu muito preconceito no Projac logo que começou, e que agora está até reencontrando pessoas que, no passado, tentaram puxar seu tapete. Achou pouco? Já teve quem ficasse nos bastidores de uma cena intensa dela falando: Você não vai conseguir! ou até mesmo veteranos que, quando a encontraram, declararam: Olha só essa big brother… Em que mundo estamos? Tudo isso, é claro, Grazi contou sem citar qualquer nome:
“Houve coisas mais baixas, como quando esconderam um estojo de maquiagem na minha bolsa para me acusar de roubo no camarim. Uma vez encontrei um boneco preto horrível, pintado com tinta vermelha e todo espetado, um vodu mesmo, no meu carro. Só eu sei o que passei… Sou uma sobrevivente!”
E se você acha que Grazi se envergonha de ter surgido no reality que era apresentado por Pedro Bial e agora está nas mãos de Tiago Leifert se engana – e muito!
“Sei que muitas meninas querem participar do programa porque sonham trilhar um caminho como o meu. Acho isso tão perigoso… Não sei dizer o que deu certo para mim ali. Talvez porque, apesar dessa minha cara de boazinha, sou um bicho ruim.”
Aliás, não espere ver Grazi fazendo como Fernanda Montenegro, Glória Menezes e outras que seguem firme e forte atuando. Ela, que negou até convite para estar na bancada do “Vídeo Show”, pensa em deixar de atuar gradativamente, até porque, apesar de confessar ter feito botox e colocado silicone nos seios, não aceita bem a atual cultura ao corpo da mulher, que deve buscar um ideal perfeito.