Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2022
O Grêmio tem projeção de encerrar 2022 com déficit. Depois de sete anos, as dificuldades enfrentadas pela queda de receitas na Série B farão o clube voltar a ter problemas para fechas as contas. A informação veio do próprio presidente Romildo Bolzan Jr, em entrevista concedida ao ge. O clube administrará saídas na janela para diminuir os custos mensais.
As dificuldades de fluxo de caixa a partir do terceiro trimestre de 2022 já não eram segredo de para ninguém e haviam sido mostradas inclusive pelo ge. No entanto, Bolzan pela primeira vez mais claramente, admitiu a dificuldade em fechar as contas depois de sete anos de superávit.
“É cedo para dizer, mas a tendência é de déficit. Depois de sete anos. O Grêmio terminou o primeiro semestre equilibrado. Conseguimos cumprir até o final. Tinha uma estabilização. Agora temos que ter mais criatividade, situação de despesa, contratos, economizar, girar fluxo de caixa também. É uma coisa planejada desde o primeiro trimestre”, destacou Bolzan.
A folha atual do Grêmio passa dos R$ 10,5 milhões. Três jogadores serão incorporados na janela: o volante Lucas Leiva, o atacante Guilherme e o meio-campista Thaciano. Conforme apurou a reportagem, o Tricolor irá acelerar algumas mudanças no elenco com saídas para diminuir custos.
Até o momento, deixaram o clube o centroavante Ricardinho, emprestado ao Atlético-GO, e o volante Victor Bobsin, liberado ao Santa Clara, de Portugal. São potenciais negociados nomes como Thiago Santos, Michel e até Lucas Silva. Fernando Henrique esteve também prestes a ir para o Cruzeiro.
A projeção é de R$ 120 milhões a menos com o rebaixamento. O Grêmio trabalha para aumentar as receitas, mas o presidente gremista já admitiu em diversos momentos a necessidade de recorrer a empréstimos para superar 2022 na Série B.
“Estamos trabalhando proporcionalmente aos contratos e queda brutal de arrecadação. Estamos tentando deixar (com menor déficit possível)”, garantiu o mandatário.
Um dos pontos do ano no qual as finanças têm influência é na renovação de contratos. O caso de Kannemann, por exemplo, tem relação com o alto custo atual do zagueiro. O Grêmio já pesou que se ficar na Série B, não poderia arcar com o acordo.
Dentro do previsto no orçamento do Grêmio, também há a necessidade de pelo menos mais R$ 20 milhões em vendas de jogadores para o restante do ano. E o montante precisaria ser maior para tentar equilíbrio, já que a intenção era ter uma folha de R$ 7,5 milhões, mas o clube não conseguiu chegar neste patamar.