Das 44 plataformas instaladas na Bacia de Campos para a produção de petróleo e gás natural, 23 estão com o funcionamento completamente interrompido durante a greve liderada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros). Outras oito plataformas operam parcialmente. Com isso, cerca de 500 mil barris de petróleo por dia deixaram de ser produzidos desde o início do movimento, às 19h de domingo (01). O volume representa 25% da produção total da Petrobras.
Em cinco plataformas da Bacia de Campos, a produção está sendo mantida por pessoal de contingência selecionado pela Petrobras. O diretor do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense), Leonardo Ferreira, acusa a empresa de escalar para o trabalho funcionários que ocupam cargos de coordenação, sem experiência operacional.
Em nota, a companhia informou que toma medidas para garantir “a segurança dos trabalhadores e das instalações” e também para manter abastecido o mercado interno de combustíveis. Segundo a empresa, as consequências da greve ainda são avaliadas. “Em alguns locais, estão ocorrendo bloqueios de acessos, cortes de rendição de turno e ocupação”, afirma o comunicado.
A produção na Bacia de Campos poderá parar caso a direção da Petrobras se negue a negociar com os petroleiros, disse Ferreira, mas ele negou que seja essa a intenção dos grevistas. “O que queremos, de fato, é forçar a direção a sentar com os trabalhadores para conversar. Como o mercado será abastecido é um problema da Petrobras, não nosso”, afirmou. A Bacia de Campos responde por pouco mais de 70% da produção nacional. (AE)