Sábado, 04 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2015
O acirramento da greve dos petroleiros, que tem provocado prejuízos à Petrobras, é um retrato do rompimento entre as lideranças sindicais e a direção da companhia, após 12 anos de convivência pacífica e ajuda mútua. É também uma resposta a ações da direção para reduzir os custos com pessoal e o poder dos sindicatos.
Desde as primeiras assembleias para aprovar a greve, em agosto, lideranças sindicais têm repetido que não se pode permitir o desmonte da Petrobras. Referem-se ao plano de negócios que cortou investimentos e prevê a venda de ativos. “A greve é política. Não discutiremos reajuste”, afirmou o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), José Maria Rangel.
Em sua Pauta pelo Brasil, a FUP pede que a empresa contrate novamente os empregados que aderiram ao plano de demissão voluntária do ano passado, conclua investimentos como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e suspenda a venda de ativos.
A FUP atacou as medidas que receberam apoio do mercado financeiro. Representante dos trabalhadores na administração da empresa, o sindicalista Deyvid Bacelar defendeu medidas alternativas para sair da crise, como a busca de financiamento com instituições estrangeiras de fomento à exportação. (Folhapress)