Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2023
Caso aconteceu no Colégio Marista São Luís, no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife.
Foto: ReproduçãoCerca de 40 adolescentes de um colégio particular do Recife foram vítimas do compartilhamento de fotos manipuladas em que parecem nuas, a maioria na faixa dos 14 anos, de acordo com os pais. Um dos responsáveis afirmou que as montagens foram feitas por garotos que estudam na mesma escola. A polícia abriu inquérito para investigar.
De acordo com um do pais, quatro alunos eram responsáveis pelas montagens e compartilhavam as imagens em um grupo de WhatsApp. A situação foi descoberta após um garoto, que recebeu as imagens, avisar para uma das vítimas.
“Minha filha me ligou chorando porque tinha visto essa montagem de fotos dela e das amigas nuas. Ela me pediu para sair da escola”, contou o pai.
Ele também diz que as vítimas denunciam que tiveram fotos publicadas nas redes sociais modificadas em montagens que as colocavam em posições pornográficas. A história se espalhou entre os pais da unidade, que foram até a diretoria do colégio levar as reclamações das filhas. Quatro rapazes foram identificados nas mensagens e estão suspensos.
“Chamaram os meninos para a direção, desbloquearam os celulares e viram fotos de umas 40 meninas, tudo com uns 14, 13 anos. Algumas eram bem-feitas e outras mais grosseiras e claramente falsas”, disse o pai de uma das vítimas.
Os pais foram orientados a comparecer na delegacia com as fotos originais, para comprovar que as fotos espalhadas eram montagens, e a polícia também investiga se as imagens foram mandadas para pessoas de fora da escola. Caso a denúncia seja confirmada, o pai reforça que se não houver expulsão dos alunos acusados, ele vai retirar os filhos do colégio.
Investigação
As investigações foram confirmadas pela Polícia Civil na terça-feira (7) e estão sob responsabilidade do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA). A corporação afirmou que não vai repassar outras informações “não prejudicar as investigações em curso”.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê, no Art. 241C, que é crime “simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual.”