Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2017
O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, representou a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), em reunião da Federación de Asociaciones Rurales del Mercosur ( Grupo FARM). O encontro aconteceu em Buenos Aires, durante a Expo Palermo 2017 e discutiu, principalmente, a situação da febre aftosa na região. A preocupação é com a falta de critérios técnicos de viabilidade, custo/benefício e impacto na saúde para as propostas de mudança de status para países livre da doença sem vacinação na América do Sul.
Em nota oficial, a entidade destaca a necessidade de rever as ações e metodologias, bem como metas e objetivos, utilizando indicadores que possam ser verificáveis no combate à doença. O acompanhamento constante para confirmação do cumprimento do proposto, por meio de auditorias também deve ser aplicado, conforme a Farm.
O documento lembra que o Plano Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), projeta o controle da doença até 2020 em território sul-americano e salienta que, para isso, é necessária uma estreita, firme e transparente participação dos sistemas de saúde de cada país. Também é preciso que as organizações regionais e internacionais tenham uma contribuição responsável na articulação dessas ações, além da garantia política e econômica, a garantia de recursos e fidelidade de informações para a tomada de decisões.
A nota ainda destaca a experiência adquirida no início deste século, durante a epidemia que marcou o sinal de alerta e a necessidade urgente de um tratamento regional na busca de objetivos comuns. Os recentes acontecimentos na Colômbia geraram um grave prejuízo à credibilidade da situação sanitária na região, principalmente pela gestão a partir de dados pobres e atrasados que causaram a rápida disseminação da doença naquele país.
A Farm demonstra confiança no setor produtivo que compartilha do desejo de alcançar os objetivos
propostos no PHEFA, mas espera o envolvimento dos serviços governamentais e organismos internacionais. Somente assim será possível que a informação técnica seja transparente permitindo uma análise profunda dos riscos, benefícios e perdas. Somente assim será possível um diagnóstico de confiança para que sejam implantadas medidas eficientes, evitando novos casos de febre aftosa.
A declaração encerra com a reafirmação da importância da participação do setor privado nos programas e combate e proteção e exige maior representação nas tomadas de decisões. Conforme avaliação da entidade, as medidas tomadas até agora demonstram as limitações das organizações nacionais e regionais, baseadas em decisões políticas, sem apoio técnico e financeiro.