Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2022
A Polícia Civil investiga uma denúncia de golpe com a compra de pacotes de viagens, no Recife (PE). De acordo com uma das vítimas, a negociação foi feita pela internet. A mulher responsável pela venda disse às clientes que tinha emitido passagens aéreas e reservado hospedagem em hotéis em São Paulo, mas, na hora de embarcar, não havia nada.
A viagem seria para São Paulo, para um congresso de podologia que começou nesta segunda-feira (5). O embarque ocorreria no sábado (3), dia em que as vítimas descobriram o golpe. A Polícia Civil não informou o número total de denúncias, mas, segundo as vítimas, são mais de 20.
Uma das clientes foi a manicure e estudante de podologia Paloma Dias. Ela disse que perdeu R$ 1 mil e que as mais de 20 pessoas que denunciaram o caso no sábado foram vítimas da mesma mulher.
No curso de podologia, a profissional ficou sabendo da realização do congresso e, por indicação de uma amiga, entrou em contato com a suspeita.
A responsável pelas vendas era Maria Joselaide Pereira Alves, que tinha uma empresa chamada Jô Turismo PE. A empresa foi aberta em março deste ano, segundo consta no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
“Eu falei com ela em maio, e o congresso era R$ 1,8 mil. Eu não tinha como passar no cartão de crédito naquela época, e fiquei de combinar depois. Três meses passaram e, em agosto, ela me ligou. Disse que era ‘agora ou nunca’, que havia uma desistência e que me venderia o pacote por R$ 1 mil. Eu teria como passar em uma vez no cartão de crédito ou fazer uma transferência via PIX, o que fiz”, disse.
Ao longo de um mês, Jô Turismo conversou com a cliente e disse que as passagens tinham sido emitidas. A vítima, no entanto, não chegou a assinar nenhum contrato, e o único comprovante que tinha era da transferência bancária.
A vendedora chegou a pedir que a cliente enviasse RG, CPF e comprovante de residência, para que, supostamente, fossem emitidas as passagens.
Na sexta-feira (2), Jô Turismo ligou para Paloma Dias, e disse que o voo tinha sido adiado das 8h para as 15h. Ao chegar no aeroporto, a manicure deu de cara com a frustração.
“Quando a gente deu os documentos [no aeroporto], não tinha reserva nenhuma. Uma atendente da companhia aérea, com quem conversei, ficou chocada. Disse que essa mulher vai todos os dias comprar passagem no aeroporto. Tinha dezenas de pessoas indo para essa feira através dessa Jô”, declarou.
A amiga que indicou Jô Turismo a Paloma Dias foi Cristiana dos Santos, instrutora de um curso na área de beleza. Ela também foi vítima do calote e disse que foi apresentada à vendedora por outra amiga, que já tinha anteriormente viajado após comprar pacote de viagem com a mesma mulher, mas que também foi enganada nesta viagem.
“Eu já fui para esse congresso outras vezes e achei estranho porque Jô não passava informações sobre a passagem, o horário de embarque, nem de chegada. Mas confiei, porque minha amiga tinha viajado com ela antes e disse que ela costumava entregar a passagem na hora. Meu prejuízo foi de mais de R$ 3 mil, porque comprei uma especialização por fora, além do valor do congresso”, contou. As informações são do portal de notícias G1.