A filial da rede de supermercados Carrefour da avenida Plínio Brasil Milano (bairro Passo D’Areia), na Zona Norte de Porto Alegre, foi cenário de um protesto nesse fim de semana. Cerca de 50 integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) se posicionaram no interior do estabelecimento, cobrando a doação de cestas básicas.
Em postagens nas redes sociais, o grupo declarou detalhou os alvos principais da manifestação: a fome no País e o desperdício de comida. Outro motivo foi o transcurso de três anos da morte do cliente negro João Alberto Freitas por seguranças da filial da multinacional francesa na capital gaúcha, no dia 19 de novembro.
Também foram realizados atos similares em endereços do Carrefour de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Natal e Belém. Em Porto Alegre, o grupo chegou ao local durante a manhã e foi embora à tarde – não há informações se a exigência relativa aos kits de alimentação foi atendida.
Empresa se manifesta
Após o fim do protesto, a assessoria de comunicação da multinacional no Rio Grande do Sul emitiu nota sobre o incidente. Confira, a seguir, os principais trechos:
“(…) Sempre mantivemos diálogo aberto com líderes do movimento, com o qual contribuímos anualmente. A manifestação nos surpreendeu, uma vez que neste ano não fomos procurados. O combate à fome e à desigualdade é um dos pilares prioritários do Grupo, compromisso mantido com inúmeros parceiros que têm dialogado com a empresa de forma permanente, em todas as regiões do País. Somente este ano doamos mais de 3.600 toneladas de alimentos, equivalente a mais de 14 milhões de refeições complementares.”
(Marcello Campos)