Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de fevereiro de 2021
De sexta a terça-feira foram recebidas 32 denúncias relacionadas à aglomeração.
Foto: Giulian Serafim/PMPADurante os quatro dias de atividades de fiscalização e segurança da “Operação Carnaval”, a Guarda Municipal de Porto Alegre interditou seis estabelecimentos comerciais por desrespeito a regras previstas em decretos municipais e estaduais de combate ao coronavírus. O balanço foi divulgado pela prefeitura nesta quarta-feira (17).
As ações foram realizadas em conjunto com equipes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Brigada Militar (BM), tendo como foco a prevenção. Isso não impediu, porém, medidas mais duras nos casos mais críticos.
Além dos fechamentos, foram realizadas oito ações para dispersar aglomeração de pessoas vias públicas. A ofensiva abrangeu os bairros Moinhos de Vento, Cidade Baixa, Centro Histórico (rua Fernando Machado e trecho da orla do Guaíba próximo à Usina do Gasômetro) e Ipanema (calçadão e imediações).
O número de ocorrências poderia ter sido maior, no entanto o movimento ficou abaixo do esperado para o período. Segundo a Guarda Municipal, contribuiu para isso o clima instável e por vezes chuvoso, bem como o fluxo de porto-alegrenses rumo ao Litoral e a colaboração por parte de quem permaneceu na cidade.
“A Guarda Municipal agradece a todas as instituições que estão lado a lado pela segurança sanitária municipal e sobretudo à população que contribuiu de alguma forma, ao encaminhar denúncias e não efetuar aglomerações”, destacou o comandante da corporação, Marcelo Nascimento.
Continuidade
Ainda segundo ele, as ações de fiscalização e segurança vão continuar até que a cidade esteja livre da pandemia. “Esperamos continuar contando com a colaboração do setor econômico e da população em geral. Somente juntos venceremos este desafio”, diz.
Para o secretário municipal de Segurança, Mário Ikeda, a atividade da Guarda foi essencial para a manutenção do distanciamento social nesse período. “Lamentavelmente, não tivemos a compreensão de parte da população, mas a Guarda Municipal se manterá firme na sua missão.”
Prefeito avalia
Além das aglomerações de pessoas em espaços da cidade, as autoridades não escondem a preocupação com o impacto desse tipo de atitude por parte dos porto-alegrenses quando estão em outras cidades.
Em meio ao aumento acelerado da demanda e ocupação de leitos de terapia intensiva nos hospitais, o prefeito Sebastião Melo que a irresponsabilidade dos habitantes da cidade quando estão no Litoral, por exemplo, contribui para a piora nos indicadores da pandemia na capital gaúcha, incluindo na demanda por leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).
Ele também solicitou à titular da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Arita Bergmann, que seja adotado algum tipo de estratégia para que a cidade pare de receber tantos pacientes oriundos do Interior do Estado. Conforme o chefe do Executivo municipal, mais de 70% das vagas nos hospitais são ocupadas por forasteiros.
(Marcello Campos)