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Guarda Municipal encerra festas clandestinas e desfaz aglomerações em Porto Alegre

Nos locais havia muitas pessoas sem usar máscaras e desrespeitando os protocolos de prevenção da Covid-19. (Foto: Divulgação/PMPA)

A Guarda Municipal, em ação conjunta com a Brigada Militar e fiscais da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), atuou em diversos pontos de Porto Alegre para desfazer aglomerações na madrugada deste sábado (30). As ações ocorreram na Ponte de Pedras, no Centro Histórico; na rua Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento; na rua da República e na rua José do Patrocínio, no bairro Cidade Baixa.

Também foram desfeitas três festas clandestinas: em uma casa de shows na rua Voluntários da Pátria, no 4º Distrito (170 pessoas); em um bar na rua Caldre Fião, bairro Santo Antonio (200 pessoas); e no pátio de uma residência na avenida Berlim, bairro São Geraldo, (400 pessoas). Nos locais havia muitas pessoas sem usar máscaras de proteção e desrespeitando os protocolos da Covid-19 de distanciamento social. Os guardas municipais deram orientação pedagógica e reforçaram a necessidade do uso de máscaras como fator de proteção à Covid 19.

O comandante da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento, diz que denúncias podem ser feitas pelo 156 ou 153. As fiscalizações vão continuar neste fim de semana.

Medidas para evitar aglomerações

O governador Eduardo Leite recebeu, no Palácio Piratini, na manhã de sexta-feira, líderes religiosos para debater medidas de prevenção ao coronavírus durante as celebrações envolvendo o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes e de Iemanjá, celebrado em 2 de fevereiro e feriado em diversos municípios gaúchos.

“Todas as manifestações religiosas merecem, têm e seguirão tendo o nosso respeito. Mas, a partir do momento em que geram aglomerações e que isso pode significar a disseminação do vírus, mais pessoas contaminadas e perdermos pessoas queridas, isso se torna uma responsabilidade coletiva. Por isso, precisamos pensar em, como lideranças, nós podemos atuar juntos neste momento excepcional que estamos vivendo que é a pandemia”, afirmou o governador.

De acordo com Leite, o decreto do Distanciamento Controlado já proíbe festividades e aglomerações, bem como determina distanciamento mínimo entre as pessoas em locais com público. No entanto, o governador quis ouvir os líderes tanto da Igreja Católica como de matriz africana para colher sugestões e somar esforços para conscientizar os fiéis e simpatizantes.

“Nós já perdemos dois líderes para a Covid-19 e a nossa orientação para todos os fiéis é para que não façam aglomerações. A nossa responsabilidade, como qualquer religião, é com a vida das pessoas acima de tudo. Iemanjá sabe disso e vai entender a nossa decisão”, afirmou o presidente do Conselho do Povo de Terreiro do Rio Grande do Sul, Baba Diba de Iyemonja.

Nesse mesmo sentido, o padre Remi Maldamer, da Arquidiocese de Porto Alegre, afirmou que as procissões foram canceladas e que haverá apenas uma carreata reduzida pela cidade. “Os nossos santuários estão abertos a grupos pequenos, com distanciamento e protocolos. Não há necessidade de colocarmos a vida em risco, especialmente das pessoas mais idosas. Precisamos respeitar a vida do outro em primeiro lugar”, afirmou o padre.

Estiveram presentes e também se manifestaram favoráveis à proibição de celebrações em grupo com aglomerações representantes da Associação Independente em Defesa das Religiões Afro Brasileiras, da Federação Afro-Umbandista Espiritualista do Rio Grande do Sul e da Federação das Religiões Afrobrasileiras.

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