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Política Guerra dentro da direita no Paraná: candidatos sobem o tom e acirram a disputa em Curitiba

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Eduardo Pimentel e Cristina Graeml estão empatados tecnicamente, conforme pesquisa Quaest. (Foto: Reprodução)

Desconhecimento da cidade de Curitiba (PR), críticas por espalhar “fake news”, alianças “nos bastidores” com petistas e ausência em entrevistas foram alguns dos temas do debate entre Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) no último sábado (19), promovido pela afiliada da Record no Paraná, RCI. Empatados tecnicamente na pesquisa Quaest divulgada horas antes, o vice-prefeito e a jornalista no segundo turno da disputa pela prefeitura da capital paranaense não pouparam acusações durante as duas horas de programas.

Menos de uma semana após o debate da Band, Pimentel e Graeml destacaram alguns temas já explorados, como vacinação contra a covid, educação e plano de cargos para servidores do município. O vice-prefeito frisou como sua oponente não tem conhecimento da administração pública, que é preciso mostrar “o que vai fazer, e como fazer”, ao comentar sobre o plano diretor da cidade. A jornalista rebateu lembrando que o ex-prefeito Jaime Lerner, que governou o município por três gestões, não tinha conhecimento da política ao ser eleito, somente da arquitetura.

Graeml ironizou afirmando que Pimental estava “bem ensaiadinho”. Ao tentar dialogar com eleitores bolsonaristas, nacionalizou o debate e disse que as alianças da atual gestão, a qual Pimentel faz parte, inclui “até nomes” do PT do estado, como a presidente do partido Gleisi Hoffmann e o deputado Zeca Dirceu.

“Quantos cargos você prometeu para Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann, agora que eles declararam apoio político a você?”, questionou a candidata do PMB.

Pimentel rebateu e disse que a candidata espalha desinformação:

“Não sei quando a senhora deixou de trabalhar com jornalismo sério para ser essa ventiladora de desinformação. Onde que o PT está oficialmente me apoiando?”, respondeu.

A jornalista chamou o adversário de “desesperado”, e aproveitou para afirmar que ele tinha acordo “nos bastidores” com os petistas, sem dar maiores detalhes. Segundo O Globo, o PT decidiu que não vai apoiar nenhum dos dois, mas se movimenta nos bastidores para evitar a vitória de Graeml, numa estratégia classificada por petistas como “contenção de danos”.

Pimentel, então, comentou sobre todas as ausências da candidata no segundo turno em entrevistas, e perguntou se a jornalista estava “com medo de contar alguma coisa”, citando o vice da candidata, Jairo Filho (PMB). O vice de Graeml é alvo de processos por golpes financeiros e, segundo o postulante do PSD, tem condenações por estelionato em segunda instância.

Em outro momento, ao comentarem sobre apoios dos partidos, Graeml citou novamente o apoio de Gleisi, e Pimentel afirmou que a sigla da candidata, o PMB, apoiava Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pelo segundo turno em São Paulo.

A candidata do PMB fez ao longo do programa mais de dez pedidos de direito de resposta, negados pela organização do debate.

Ao discutirem sobre moradores de rua, Cristina Graeml citou que há quatro mil pessoas em situação de rua na capital paranaense e foi questionada sobre a origem do dado. Ao afirmar que eram de ONGs e igreja, atacou-a chamando de “despreparada”.

Em outro momento, o vice-prefeito repetiu uma pergunta sobre educação, afirmando que a oponente não havia respondido. A jornalista argumentou que ele “estava com algum problema de cognição” por não ouvir a primeira resposta.

Ao comentarem sobre políticas para o preço das passagens de ônibus, Pimentel acusou a postulante do PMB de citar em entrevistas “que vai cobrar mais de quem morar mais longe”. Graeml negou: “O candidato está desesperado. Eu nunca falei que aumentaria a passagem de ônibus, eu acho um absurdo”.

Nas considerações finais, Pimentel exaltou ter “plano de governo” e pediu aos eleitores que comparassem os candidatos, enquanto Graeml citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando ser “uma representante da direita curitibana aqui”. O partido de Bolsonaro, PL, no entanto, está com o adversário dela, com o ex-deputado Paulo Marins como vice na chapa.

Disputa acirrada

O debate da Record coincidiu com a divulgação da primeira pesquisa Quaest do segundo turno na capital paranaense. Os números a uma semana da eleição trazem um empate técnico: Pimentel tem 42% das intenções de voto, e Graeml (PMB), 39%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

No primeiro turno, Pimentel obteve 33,5% dos votos, enquanto a postulante do PMB teve 31,2%.

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