O EI (Estado Islâmico), facção radical que já vinha chamando a atenção do mundo com seus vídeos de decapitações, assumiu a responsabilidade pelos atentados em Paris, que deixaram ao menos 130 mortos na França. O grupo já controla boa parte da Síria e Iraque e, antes mesmo do atentado, era combatido por uma coalizão formada por 60 países, centrada no poderio militar dos Estados Unidos.
Mas alguns pesquisadores já apontavam que, para derrotar o grupo extremista, não bastaria uma incursão militar, e sim atingir alguns alvos com o uso da inteligência, sem armas. Isso porque o EI não prega só o terrorismo, como fazia a Al Qaeda de onde ele surgiu, mas tem poder de cooptar membros de todo o mundo em nome da distopia de um novo Estado.
A fortuna do EI é estimada em 2,2 bilhões de dólares pelo Centro de Análise de Terrorismo da França. Sua principal fonte de recursos é o petróleo, provindo de campos tomados na Síria. O grupo se apropriou de campos de produção e vende, de acordo com dados da organização CFR (Council on Foreign Relations). A venda do combustível rende de 1 milhão de dólares a 3 milhões de dólares por dia.
Segundo o CFR, o regime do ditador Bashar al-Assad, os turcos e os curdos iraquianos – todos conhecidos inimigos do EI – são alguns dos clientes. Outras fontes de renda são a pilhagem, extorsão e cobrança de impostos nas regiões controladas pelo grupo. Por isso, uma das formas de minar o grupo seria cortar seu financiamento. (Rosanne D’Agostino/AG)