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Brasil A guerra interna no PSDB assume proporções imprevisíveis com o acirramento do racha entre os defensores de Aécio e Tasso ou governistas e independentes

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Como ainda é o presidente licenciado, só ele pode tomar a decisão de renunciar. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Menos de 24 horas depois de receber o apoio em peso dos senadores tucanos pela retomada do seu mandato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu um ultimato de integrantes da direção de seu partido para que renuncie de forma definitiva à presidência da sigla. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jeiressati (CE), cobrou a renúncia de Aécio, alegando que falta ao mineiro condições até para continuar licenciado. Entretanto, durante reunião da bancada, Aécio pediu mais tempo para tomar uma decisão.

O entendimento majoritário na cúpula do PSDB é que a permanência de Aécio no comando da legenda, mesmo que licenciado, “arrebenta” com a imagem do partido, já arranhada com a votação pela anulação da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Apesar do tempo pedido por Aécio, o sentimento na bancada é de que o senador mineiro sabe que não tem condições de continuar e vai sair, mas tem de acertar com seus aliados governistas o que fazer.

Aécio argumentou que estava voltando ao mandato nesta quarta-feira e precisava de mais tempo. Interlocutores do mineiro reclamaram que o dia do seu retorno não era o melhor momento para o ultimato. “Foi dado ao senador Aécio o tempo para a decisão que tem que tomar. Agora, a responsabilidade é dele sobre o que vai fazer”, disse Tasso após a reunião.

Aécio saiu mais cedo da reunião, bastante contrariado, segundo um dos participantes. Como ainda é o presidente licenciado, só ele pode tomar a decisão de renunciar.

“O senador Aécio tem plena consciência que vivemos uma crise, que o partido enfrenta uma crise. Vivemos um momento muito delicado, que exige uma decisão definitiva. Não podemos mais ter uma situação provisória, mesmo que só até dezembro, quando acontece a convenção nacional. Com certeza até a semana que vem ele tomará essa decisão”, disse Tasso.

No fim da reunião, alguns senadores ponderaram que Aécio passou momentos difíceis e precisava de tempo para tomar a decisão, para fazer “uma reflexão”.

“Se fosse eu, Roberto Rocha, me afastaria não só da presidência do partido, mas também do mandato por um mês, para me dedicar exclusivamente a minha defesa”, disse o senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

No mesmo tom de Tasso, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), defendeu que Aécio formalize seu afastamento da direção do partido. “Há um consenso na bancada do Senado e a maioria da Câmara dos Deputados com esse pensamento”, disse Cássio Cunha Lima, sobre o afastamento de Aécio.

Aécio tem, hoje, o apoio dos governistas para continuar no comando do partido. Se decidir renunciar, ele pode manter a interinidade de Tasso Jereissatti ou indicar um outro vice-presidente interino até a convenção nacional, marcada para 9 de dezembro, quando será definido seu sucessor.

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