Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2022
A Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro
Foto: ReproduçãoDepois de Mariupol, no Sudeste, e Kherson, no Sul, a Ucrânia pode perder localidades do Leste, mas continua resistindo à invasão russa. A guerra completou três meses nesta terça-feira (24), com poucas esperanças de que as tropas ucranianas consigam manter a região de Donbass.
As forças da Ucrânia enfrentam dificuldades no Leste, especialmente na região de Lugansk, onde a Rússia afirma que está no ponto de ter o controle total. Severodonetsk, ponto crucial na batalha por Donbass, é bombardeada sem trégua, “24 horas por dia”, afirmou o governador de Lugansk, Sergei Gaidai.
Muitos especialistas comparam a situação de Severodonetsk a Mariupol, com um cenário apocalíptico após várias semanas de cerco. Os bairros da cidade viraram pilhas de escombros, com edifícios destruídos por mísseis.
“Utilizam a tática de terra arrasada, com a destruição deliberada da cidade, bombardeios aéreos, lança-foguetes múltiplos, morteiros ou tanques que disparam contra os edifícios”, disse Gaidai.
Segundo o governador, na tentativa de tomar pontos importantes do Leste, “todas as forças russas estão concentradas nas regiões de Lugansk e Donetsk”. Moscou desloca unidades da região de Kharkiv, no Norte, soldados que participaram no cerco de Mariupol, no Sudeste, milícias das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, tropas chechenas e unidades mobilizadas na Sibéria e no extremo oriente russo, indicou.
“A tomada do controle das cidades será nesta ordem: primeiro Severodonetsk, depois Lyssychansk. Em seguida, Kramatosk et Sloviansk”, disse um comandante militar pró-russo em entrevista à agência de notícias RFI em Roubijne. “Acontecerá em breve, eu acho. Para ser mais preciso, em algumas semanas, no máximo”, garantiu o militar.
Não há um número oficial de mortos na guerra, que já deixou milhares de vítimas e refugiados, além de um rastro de destruição.