A embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, disse nesta sexta-feira (5) que a invasão da Ucrânia pela Rússia deixará 40 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e que a África subsaariana será a mais atingida.
Os Estados Unidos garantiram US$ 4,5 bilhões para segurança alimentar na cúpula do G7, dos quais contribuíram com US$ 2,76 bilhões.
Também há planos para que os EUA contribuam com US$ 150 milhões para o desenvolvimento de novas ações de assistência humanitária para a África, mas o Congresso ainda precisa aprovar os recursos, ela acrescentou.
A maioria dos governos africanos têm evitado tomar partido no conflito europeu e se recusaram a se juntar às condenações e sanções ocidentais.
Os africanos “não querem ser pressionados a escolher um lado” em uma repetição da Guerra Fria, mas “precisam conhecer os fatos”, disse Linda.
Embora a energia, as mudanças climáticas, a pandemia e o conflito sejam as principais causas dos problemas globais para o abastecimento de alimentos, a “fonte mais insidiosa” é a fome usada intencionalmente como arma de guerra, disse ela.
Moscou nega a responsabilidade pela crise alimentar e culpou as sanções ocidentais por desacelerar suas exportações de alimentos e fertilizantes.
Linda refutou essa alegação nesta sexta-feira, sugerindo que a Rússia havia deliberadamente tomado medidas para interromper as cadeias globais de fornecimento de alimentos enquanto culpava o Ocidente.
“Não vimos nenhuma indicação de que a Rússia aceitará uma solução diplomática” para a guerra na Ucrânia, disse ela.