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Tecnologia Guerra no Leste Europeu não é só militar, mas também cibernética

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Agências de cibersegurança de vários países emitiram a necessidade de reforçar os cuidados. (Foto: Reprodução)

A guerra provocada pela Rússia no Leste Europeu não é só militar, é também cibernética. Segundo especialistas, a região é um ponto de partida de ataques na internet.

Horas antes da ofensiva militar russa, uma outra onda de ataques à Ucrânia já tinha sido deflagrada. Sites do governo ucraniano e de bancos privados foram atacados por hackers.

No universo da cibersegurança, este tipo de ataque se chama “negação de serviço”. Hackers e robôs fazem uma avalanche de acessos simultâneos a um site até que o servidor fique sobrecarregado e a página saia do ar.

“Na hora que você ataca sistemas cibernéticos, seja por tirar sites do ar ou serviços, atacar infraestruturas críticas que incluem energia elétrica, serviços financeiros ou bancários, sistemas de transporte, tratamento e saneamento de água, isso pode auxiliar significativamente o avanço de tropas sob território ucraniano”, explica Marcelo Lau, especialista em cibersegurança.

O cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo, Jorge Rybka, diz que os ataques estão dificultando a comunicação no país: “Os sistemas caíram, foram derrubados, está difícil de se falar na Ucrânia. WhatsApp com problema, redes wi-fi caíram. Você quer saber como estão as pessoas e não consegue contato, a pessoa não consegue dizer que está bem, as famílias acabam até se separando. É um momento muito complicado.”

A invasão da Ucrânia pelos russos aumentou o nível de tensão em todo o mundo. Segundo especialistas, o Leste Europeu é conhecido por ser o ponto de partida de ataques cibernéticos. Agências de cibersegurança de vários países emitiram comunicados para governos, empresas e cidadãos sobre a necessidade de reforçar os cuidados na internet.

Os Estados Unidos elevaram o nível de alerta e estão monitorando as ameaças que possam atingir o país. O governo pede que empresas e entidades estejam preparadas para se defender de ataques cibernéticos e denunciem qualquer incidente.

“Os Estados Unidos estão chamando de ‘subir o escudo’. E subir o escudo é criar um cenário de confiança zero. Você monitorar tudo para ter a detecção de tentativas e respostas imediatas em todos os ambientes. Tanto nos computadores como nos celulares, quanto nas infraestruturas de rede, nos e-mails e assim por diante”, afirma Renato Tocaxelli, especialista em ataques cibernéticos e segurança digital.

França e Canadá também avisaram sobre o risco de ataques e divulgaram dicas para preveni-los.

“Quando nós falamos de uma guerra cibernética, a guerra não tem fronteiras. Hoje tem que se unir tanto os governos quanto entidades privadas e, é claro, também a própria população como um todo, para preparar os seus times para defender a sua infraestrutura crítica e seus meios de comunicação, fazendo com que eles consigam se defender”, diz Marcelo Lau.

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https://www.osul.com.br/guerra-no-leste-europeu-nao-e-so-militar-mas-tambem-cibernetica/ Guerra no Leste Europeu não é só militar, mas também cibernética 2022-02-27
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