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Guilherme Boulos convoca para o dia 30 de março um ato por “Bolsonaro na prisão” e “sem anistia”

A organização é das frentes de articulação Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, e o ato deve reunir lideranças e partidos de esquerda. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez no último domingo (16) um convite a seus seguidores nas redes sociais para um ato de resposta à manifestação organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Copacabana, no Rio.

O evento está previsto para o dia 30 de março, com as pautas “sem anistia” e “Bolsonaro na prisão”.

A organização é das frentes de articulação Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, e o ato deve reunir lideranças e partidos de esquerda. De acordo com as frentes, a mobilização vai ocorrer nas capitais, e mais informações serão divulgadas nas próximas semanas.

No mesmo dia, Boulos compartilhou trecho de uma fala sua no plenário da Câmara dos Deputados, em que se expressa sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ex-presidente e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

“O canalha [se referindo a Bolsonaro] que bradava, falava em tortura, que era valentão, baixou a voz para pedir anistia e dizer que tem que pacificar o país. Na hora de tramar golpe, era valente. Paguem o preço das ações que fizeram”, diz o deputado.

O “PL da Anistia” para os presos pelos ataques do 8 de Janeiro que tramita hoje na Câmara dos Deputados é o mais avançado no Legislativo hoje. Sua aprovação também pode beneficiar Bolsonaro, já que diz que as pessoas que participaram de eventos antes ou depois de 8 de janeiro de 2023 que tenham conexão com os atos daquele dia também são alvos da anistia.

No domingo, o ex-presidente reuniu aliados e apoiadores na praia da zona sul fluminense. O pedido de “Anistia Já” foi o mote do ato. Os participantes também manifestaram críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os organizadores esperavam reunir um milhão de pessoas na manifestação. No entanto, um levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), apontou que o evento juntou cerca de 18,3 mil pessoas; menos de 2% do total aguardado.

O ato de Bolsonaro  reuniu cerca de 30 mil pessoas, segundo levantamento do Datafolha. Essa estimativa representa apenas 3% do público de 1 milhão que o ex-presidente afirmava esperar.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro, sob a gestão do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, divulgou uma cifra muito superior, alegando que 400 mil pessoas compareceram ao evento, mas não esclareceu a metodologia usada para calcular essa quantidade.

Além de Bolsonaro, políticos aliados, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também participaram do ato. (Portal UOL e InfoMoney)

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