Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2018
O Gympass trouxe a Porto Alegre o médico Drauzio Varella para palestrar para gestores de empresas a respeito da importância de estimular o exercício físico entre os colaboradores. O oncologista é conhecido por popularizar a informação médica no Brasil, através de aparições em programas de rádio, TV e pela Internet.
No evento realizado nesta semana, o especialista contou sobre sua própria experiência. Ele foi fumante e sedentário por muitos anos. “Eu parei de fumar porque comecei a ficar com vergonha dos meus pacientes. Eu dizia a eles para não fumarem e notava que eles olhava a carteira de cigarro no bolso da minha camisa”. O exercício físico veio mais tarde para contrariar uma profecia feita por um colega. “Um conhecido meu, me encontrou e perguntou com que idade eu estava – ele era mais velho. Eu respondi que com 40, ele então, disse ‘é aos 40 que começa a decadência do homem’. Eu pensei então, não quero que isso aconteça comigo”. Hoje, aos 75 anos, Drauzio Varella corre maratona – detalhe: são 42 quilômetros.
Graças ao esporte ele pode manter sua rotina de trabalho intenso, seus projetos na mídia. “Não fazer exercício tem um custo muito alto”, orienta. Por isso destacou com muito bom humor e leveza a importância da atividade física. “Até hoje, depois de tantos anos, eu não acordo com aquela vontade de levantar e sair correndo. Isso não acontece. Eu me arrumo e vou. Exercício só é bom quando termina, dá aquela sensação boa porque terminou”. A inatividade física é uma pandemia, pode provocar não apenas morbidade e mortalidade, mas grandes perdas econômicas, destaca.
Estimativas conservadoras consideraram apenas cinco de pelo menos 22 enfermidades em que a inatividade tem importância causal. Ficaram de fora outras que são de alta prevalência, como as reumatológicas e as ortopédicas, a hipertensão arterial, a síndrome metabólica e alguns transtornos psiquiátricos, por exemplo. Contados os gastos dos sistemas de saúde e os anos perdidos de trabalho por morte precoce, a inatividade física custou para o mundo U$ 67,5 bilhões. Esse número é igual ao PIB da Costa Rica, aponta o médico.
A atividade física além de vital para a saúde, reduz em até 30% gastos de empresas com a saúde de funcionários, segundo a startup mineira Gympass. Também diminui o absenteísmo (padrão habitual de ausências no processo de trabalho seja por falta ou atraso, falta de motivação ou devido a algum motivo interveniente). É exatamente nesse nicho que a Gympass atua. A startup brasileira, que expandiu para outros países, tem uma proposta de oferecer acesso a diversas academias por meio do pagamento de uma única mensalidade.
Assim, uma pessoa pode malhar tanto perto de casa quanto perto do trabalho, por exemplo, usando os serviços de diferentes academias. Ela está levando a proposta de combater o sedentarismo em várias empresas, que ao se associarem, financiam parte do benefício a seus empregados (parecido com sistema de plano de saúde). Cada plano dá acesso a uma quantidade limitada de academias.
