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Mundo Faz 33 anos que a Argentina não exporta tão pouco para o Brasil

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Em recessão, vizinho respondeu por apenas 3,5% das vendas do Brasil entre janeiro e junho. (Foto: Reprodução)

No primeiro semestre deste ano, as vendas do Brasil para a Argentina somaram US$ 5,9 bilhões, uma queda de 37,6% na comparação com o mesmo período de 2023. Com isso, a participação do país vizinho nas exportações brasileiras caiu para 3,5%, a mais baixa desde 1991. Nos anos 2000, a Argentina respondia por mais de 10% das exportações brasileiras.

Essa fatia caiu com as sucessivas crises do país e o crescimento da relevância da China na pauta de comércio brasileira. Este ano, a diminuição das importações de soja e a recessão causada pelo duro ajuste feito pelo governo Javier Milei diminuiu ainda mais a participação dos argentinos nas vendas do Brasil.

Em meio a um duro ajuste econômico promovido pelo presidente Javier Milei, a Argentina perdeu relevância nas exportações brasileiras. No primeiro semestre deste ano, a participação do país vizinho nas vendas do Brasil foi de 3,5%, a mais baixa desde 1991, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços compilados pelo Estadão.

No conjunto, no primeiro semestre, as exportações para a Argentina somaram US$ 5,9 bilhões, o que significou uma queda de 37,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

No início dos anos 2000, a Argentina respondia por mais de 10% das exportações brasileiras. Mas as sucessivas crises no país e o crescimento da relevância da China na pauta exportadora brasileira levaram os argentinos a perder espaço.

Hoje, a Argentina vizinho ainda é o terceiro principal destino dos produtos brasileiros, mas fica muito distante da China (30,9%) e dos Estados Unidos (11,5%), e próximo da Holanda (3,3%) e da Espanha (3%).

Causas

São dois os principais fatores que explicam a perda de relevância da Argentina neste ano. O primeiro é mais pontual e tem a ver com o menor embarque de soja brasileira na comparação com o ano passado. Em 2023, os argentinos sofreram com uma quebra de safra e precisaram importar o produto do Brasil.

No primeiro semestre, a exportação de soja do Brasil para Argentina somou apenas US$ 61,6 milhões, um valor bem abaixo do apurado no mesmo período do ano passado (US$ 1,54 bilhão).

E o segundo fator são as medidas econômicas adotadas pelo governo de Milei. Vencedor da eleição no fim do ano passado, o presidente argentino foi eleito com um discurso radical. Prometeu acabar com o Banco Central e dolarizar a economia.

No poder, adotou uma série de medidas para tentar controlar a inflação e ajustar as contas públicas. O Produto Interno Bruto (PIB) despencou 5,1% no primeiro trimestre, colocando o país em recessão técnica.

Sobre a queda da exportação para a Argentina, a economista do Itaú, Julia Gottlieb afirma que “é uma situação que reflete um efeito de uma demanda menor, de uma economia mais fraca”.

Um dos sinais dessa fraqueza fica evidente ao se olhar o desempenho das exportações brasileiras de veículos automotivos de passageiros. Elas recuaram de US$ 858,5 milhões no primeiro semestre de 2023 para US$ 734,1 milhões no mesmo período deste ano. As vendas de partes e acessórios de veículos também estão menores. Diminuíram de US$ 950,7 milhões para US$ 700,1 milhões no período.

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https://www.osul.com.br/ha-33-anos-a-argentina-nao-exportava-tao-pouco-para-o-brasil/ Faz 33 anos que a Argentina não exporta tão pouco para o Brasil 2024-07-21
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