Nos EUA desde 1965, Juanita Castro, irmã de Fidel Castro, disse que não irá a seu funeral, em Cuba. Uma das quatro irmãs do ex-líder, ela afirmou que a morte dele “trouxe feridas dolorosas para o presente”. Aos 83 anos, ela nunca voltou para a ilha e disse não tinha planos para fazê-lo.
“Nunca mudei de posição, mesmo tendo que pagar um alto preço pela dor e pelo isolamento”, disse ela neste sábado (26), admitindo que sente dor por perder um irmão. “Não me regozijo com a morte de nenhum ser humano, muito menos posso fazê-lo com alguém com meu sangue e meus sobrenomes.”
Enquanto Juanita trabalhava com a Inteligência dos EUA, disse que Fidel se referiu a ela como um “verme contrarrevolucionário” depois de vender cabeças de gado da família. Em 2009, ela publicou um livro de memórias sobre a família e os irmãos.
Juanita apoiava os esforços de seus irmãos para derrubar o ditador Fulgencio Batista, mas a família se dividiu quando seus irmãos insistiram em dar a plantação de sua família ao Estado. Em 1964, ela acusou seus irmãos de transformar Cuba em “uma enorme prisão cercada de água”. (AG)