Cotado para assumir o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, afirmou que não recebeu convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a pasta. “Fui convidado exclusivamente para interagir com o grupo de economia que fez a transição até aqui. Não recebi nenhum outro convite”, disse ele a jornalistas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde ocorre a transição de governo.
Segundo Haddad, Lula pediu que ele encontre os economistas que fazem parte do grupo de transição, como Nelson Barbosa, Guilherme Mello e Gabriel Galípolo, “para me apropriar desses assuntos”.
“Estou autorizado pelo presidente para interagir com os integrantes do grupo de economia”, disse.
PEC da Transição
O ex-ministro da Educação também falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e, segundo ele, é “uma questão, transitória, entre muitas outras sobre as quais a área econômica [do governo eleito] vai ter que se apropriar”.
“Quem vai pilotar o ministério, que vai ser convidado pelo presidente Lula, vai ter que efetivamente se apropriar dessa questão. Que é uma questão, transitória, entre muitas outras sobre as quais a área econômica vai ter que se apropriar”, disse a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está sendo realizada a transição de governo.
Ele, que é cotado para assumir o Ministério da Fazenda, afirmou que falava apenas como “colaborador” do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “para dar opiniões sobre como acho que deve caminhar esse assunto”, referindo-se à PEC e à questão fiscal. “Mas vou fazer isso reservadamente, pela confiança que o presidente deposita em mim ao longo desses anos todos, de poder colaborar com ele, com o governo dele, da maneira que eu acho mais adequado”, disse.
Ele afirmou que não sabe se o ministro da Fazenda será anunciado nesta semana e disse que “não cabe” a pergunta se estava preparado para o cargo. “Com qualquer resposta, você constrange o presidente Lula, que vai compor a sua equipe”, afirmou.
Segundo Haddad, quanto mais Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) “estiverem interagindo com as forças políticas do país, quanto mais livres eles estiverem para compor as suas equipes, tanto melhor para o país”.
Por fim, disse que participou da reunião realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na última sexta-feira (25), como representante de Lula. “Eu deixei claro isso quando declinei do convite de ir à Febraban como pessoa física e fui na condição de representante do presidente Lula, depois que ele me ligou pedindo que o representasse”, afirmou.