Bassem Naim, membro do gabinete político do Hamas, saudou a primeira sessão do caso do TIJ (Tribunal Internacional de Justiça) que acusa Israel de genocídio contra os palestinos em Gaza, convocada a pedido da África do Sul, em um comunicado nesta quinta-feira (11).
“Esperamos que o tribunal emita uma decisão que faça justiça às vítimas, pedindo o fim da agressão e responsabilizando os criminosos de guerra”, disse Naim numa declaração escrita publicada no site do grupo terrorista Hamas na quinta-feira.
Durante a audiência de hoje do TIJ, a África do Sul ressaltou que condenava os ataques a civis e a tomada de reféns pelo Hamas em 7 de outubro.
Abordando as várias acusações de hipocrisia que foram feitas contra a África do Sul, incluindo a razão pela qual não apresentou também uma acusação de genocídio contra o Hamas, Vaughan Lowe, um dos advogados da África do Sul, disse que este é um assunto da competência do Tribunal Penal Internacional – e não o TIJ.
“O Hamas não é um Estado e não pode ser parte na convenção do genocídio, e não pode ser parte destes processos”, disse Lowe. O TIJ ouve casos apresentados por Estados que acusam outros de violarem as suas obrigações decorrentes dos tratados das Nações Unidas, enquanto o TPI julga indivíduos por crimes, incluindo crimes de guerra e crimes contra a humanidade.